Surto de ébola na RDCongo "não está ainda controlado"
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu hoje que o surto de ébola na República Democrática do Congo "não está ainda controlado" e assinalou que "o perigo é permanente".
© Reuters
Mundo OMS
Tedros advertiu que, apesar dos "esforços louváveis" do Ministério da Saúde da RDCongo e das demais organizações internacionais envolvidas, "é necessário continuar atento à população".
"Temos que prosseguir com o trabalho juntos, para controlar a enfermidade, a qual está exposta também a países vizinhos, sobretudo a República do Congo e a República Centro-africana", alertou o diretor-geral da OMS, que visitou as três zonas rurais afetadas pelo surto na RDCongo - Bikoro e Iboko - e a urbana - Mbandaka.
Até hoje registaram-se um total de 55 casos (três suspeitas, 14 prováveis e 38 confirmados) e 28 mortos.
O Ministério da Saúde da RDCongo, a OMS, Médicos Sem Fronteiras e outros organismos internacionais realizam desde há duas semanas uma campanha de vacinação nas três zonas, tendo imunizado já 2.295 personas, com a vacina rVSV-ZEBOV, tratamento experimental testado na Guiné Conacri, na epidemia de 2014 a 2016.
Este surto de ébola começou com a descoberta do vírus em 1976, no leste da RDCongo, quando o país se denominava Zaire.
A doença transmite-se por contacto direto com o sangue e os fluídos corporais de pessoas ou animais infetados, causando hemorragias graves e uma taxa de mortalidade de 90%.
A pior epidemia de ébola conhecida declarou-se em março de 2014, com os primeiros casos que remontam a dezembro de 2013, na Guiné Conacri, tendo depois se expandido pera a Serra Leoa e a Libéria.
A OMS marcou o fim da epidemia em janeiro de 2016, depois de se terem registado 11.300 mortos e mais de 28.500 casos, números que se admite terem sido mais elevados.
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