Paris saúda acordo "significativo" entre Kim e Trump mas com cautelas
A ministra francesa dos Assuntos Europeus, Nathalie Loiseau, considerou hoje que foi dado um "passo significativo" com o documento assinado por Donald Trump e Kim Jong-un, mas afirmou duvidar que "tudo tenha sido alcançado nas últimas horas".
© Reuters
Mundo Nathalie Loiseau
"Duvido que tudo tenha sido alcançado em poucas horas, mas é um passo significativo", disse, em declarações ao canal de televisão LCP, referindo-se à cimeira que começou pouco depois das 09:00 de terça-feira (02:00 em Lisboa), num hotel em Singapura, e que resulta de uma frenética atividade diplomática em Washington, Singapura, Pyongyang e na fronteira entre as duas Coreias.
"Esta reunião é em si significativa, mas ainda não sabemos nada do documento que foi assinado. Será analisado quando for divulgado", indicou.
A responsável sublinhou estar à espera do início da negociação sobre a desnuclearização da península coreana.
O documento assinado hoje entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos refere a recuperação dos restos mortais de prisioneiros de guerra e o estabelecimento de novas relações entre os dois países no sentido "da paz e da prosperidade".
Segundo a Associated Press, o texto refere a troca de restos mortais de prisioneiros e informações sobre soldados desaparecidos em combate durante a Guerra da Coreia (1950-1953).
Os corpos de mais de 7.800 militares norte-americanos continuam por localizar desde o final da guerra na península.
No texto conjunto, o líder norte-coreano reafirma o compromisso de "desnuclearização completa da Península da Coreia".
De acordo com a agência noticiosa francesa France Presse, o texto não menciona a exigência norte-americana de "desnuclearização completa e irreversível" -- a fórmula que significa o abandono completo do armamento e a aceitação de missões de inspeção --, mas reafirma a formulação mais vaga mencionada no compromisso anterior, sem adiantar um calendário.
Este foi o primeiro encontro entre os líderes dos dois países depois de quase 70 anos de confrontos políticos no seguimento da Guerra da Coreia e de 25 anos de tensão sobre o programa nuclear de Pyongyang.
Este encontro histórico ocorreu depois de, em 2017, as tensões terem atingido níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia, face aos sucessivos testes nucleares de Pyongyang e à retórica beligerante de Washington.
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