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Trump defende regresso da Rússia às reuniões do G7

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu hoje o regresso da Rússia ao encontro anual que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo (G7), introduzindo mais um fator de tensão às reuniões.

Trump defende regresso da Rússia às reuniões do G7
Notícias ao Minuto

16:07 - 08/06/18 por Lusa

Mundo Cimeira

"Porque é que estamos a ter uma reunião sem a Rússia na reunião", questionou o líder norte-americano, acrescentando: "Eles deviam deixar a Rússia voltar porque devíamos ter a Rússia na mesa de negociações".

A proposta de Donald Trump introduz mais um fator de tensão numa reunião que já está marcada pelos comentários críticos feitos pelos líderes da França e do Canadá sobre as medidas protecionistas avançadas pelos EUA.

A Rússia foi afastada destas reuniões no seguimento da anexação da Crimeia, em 2014, sendo que a investigação sobre a existência de ligações entre a equipa de Donald Trump e as autoridades russas que possam ter influenciados as eleições de 2016 continua em curso nos EUA.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, ameaçou hoje deixar os EUA de fora do tradicional comunicado final da reunião do G7 devido à guerra comercial provocada pela imposição norte-americana de tarifas.

"O Presidente dos Estados Unidos pode não se importar de ficar isolado, mas nós também não nos importamos de assinar um acordo a seis países se for preciso", disse Macron durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro canadiano, anfitrião da reunião do G7.

As declarações de Macron são o mais recente episódio na guerra comercial lançada por Donald Trump com o propósito de proteger a produção norte-americana, nomeadamente no aço e alumínio, cujas tarifas aduaneiras foram aumentadas, motivando uma retaliação de vários países.

Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, disse que as medidas restritivas às importações vão prejudicar, não só os canadianos, mas também os trabalhadores norte-americanos: "Se eu conseguir fazer o Presidente [dos EUA] realmente perceber que o que ele está a fazer é contraproducente aos seus próprios objetivos, talvez possamos prosseguir de forma mais inteligente", vincou Trudeau.

A participação de Donald Trump no G7, a sua segunda nesta reunião anual que decorre desde 1975, é o ponto alto do encontro, que começou com a habitual reunião preparatória dos ministros das Finanças dos sete países, e que foi descrita pelo ministro das Finanças de França como "uma reunião mais do G6 mais um do que propriamente do G7".

Donald Trump vai chegar à estância canadiana hoje, mas deixará o país logo no sábado de manhã, antes de o encontro terminar, para rumar a Singapura, onde na terça-feira deverá encontrar-se com o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, tendo anunciado a sua saída precoce da reunião depois de Macron e Trudeau terem sinalizado que vão usar o encontro para criticar a política protecionista de Trump.

"Estou ansioso por corrigir os Acordos Comerciais injustos com os países do G7", respondeu Trump numa mensagem na rede social Twitter esta manhã, acrescentando: "Se isso não acontecer, ainda nos saímos melhor".

Na resposta às críticas de Trudeau e Macron na conferência de imprensa, Trump escreveu: "Por favor digam ao primeiro-ministro Trudeau e ao Presidente Macron que estão a cobrar tarifas massivas e a criar barreiras não monetárias. O excedente comercial da UE face aos EUA é de 151 mil milhões de dólares, e o Canadá mantém os nossos agricultores, e outros, de fora. Estou ansioso por vê-los amanhã [hoje]".

Esta será a segunda participação de Trump no G7, um encontro informal que acontece todos os anos com uma presidência rotativa do Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, com a presença também da União Europeia, e que tem também previstos encontros bilaterais entre Trump e vários líderes, incluindo Trudeau e Macron.

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