Médicos russos acusados de deixar morrer doente em frente ao hospital
As autoridades russas abriram hoje uma investigação depois de alguns médicos terem recusado ajudar uma mulher que estava a morrer do lado de fora de um hospital em Ecaterimburgo, uma das cidades do campeonato mundial de futebol.
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Mundo Rússia
Doente de cancro, a mulher tinha acabado de ir ao hospital para tratamento e esperava na noite de terça-feira que um táxi deixasse as instalações, quando se sentiu mal, relata o site de notícias Lenta.ru.
Um homem pediu então ajuda aos médicos, que lhe disseram que tinham "trabalho suficiente", segundo o popular diário Komsomolskaya Pravda, que transmitiu um vídeo filmado por este homem.
"Chegamos em breve, temos aqui também pessoas gravemente doentes", disseram os médicos, de acordo com o vídeo.
"Quando a ambulância chegou, a mulher não mostrou sinais de vida. O hospital estava localizado a poucas centenas de metros do paciente", disse o Ministério Público em comunicado, anunciando a abertura de uma investigação.
Se os médicos forem considerados culpados, enfrentam uma pena até quatro anos de prisão.
Localizada a 1.400 quilómetros a leste de Moscovo, Ecaterimburgo, uma cidade de 1,4 milhões de habitantes, vai receber quatro jogos durante o campeonato do mundo de futebol que começa a 14 de junho, na Rússia.
Parente pobre do Orçamento do Estado russo, o setor da saúde na Rússia foi objeto de uma reforma em 2014, que levou à demissão de milhares de médicos e ao encerramento de cerca de 30 hospitais em todo o país.
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