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Investigação a ataque químico em Salisbury continua a mobilizar agentes

Passados três meses, a investigação da polícia britânica ao incidente que envolveu um agente neurotóxico em Salisbury continua a mobilizar cerca de 100 agentes e já custou pelo menos 7,5 milhões de libras (8,6 milhões de euros).

Investigação a ataque químico em Salisbury continua a mobilizar agentes
Notícias ao Minuto

18:27 - 05/06/18 por Lusa

Mundo Reino Unido

Num comunicado, a Polícia Metropolitana de Londres, que coordena o combate ao terrorismo a nível nacional, admitiu que o sucedido a 4 de março foi "inédito, provocando uma das maiores e mais complexas investigações da polícia britânica".

Naquele dia, Sergei Skripal, um britânico de origem russa com 66 anos, e a filha de 33 anos, Yulia, de nacionalidade russa, foram encontrados à tarde semi-inconscientes num banco de jardim, tendo-se apurado mais tarde que tinham sido envenenados com um agente neurotóxico de nível militar.

Depois de estarem hospitalizados em estado grave durante semanas, ambos tiveram alta, tal como o agente Nick Bailey, que também tinha sido contaminado pelo agente chamado 'novichok', cuja origem as autoridades britânicas atribuíram à Rússia.

A investigação à tentativa de homicídio envolveu, nos últimos três meses, 250 detetives de várias forças regionais, que realizaram 176 buscas e recolheram mais de 900 testemunhos em Salisbury, além de 1.230 agentes que assistiram nos cordões de segurança.

Especialistas em identificação de imagens já visionaram mais de 4.000 horas de filmagens de videovigilância, procurando "identificar todos os pedestres, ciclistas e veículos que viajaram pela área relevante nos horários em questão".

O Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa de Porton Down recebeu 851 elementos de prova para serem analisados, num total de mais de 2.300 recolhidas, mas ainda só concluiu o estudo de 190.

Traços do agente neurotóxico foram encontrados em vários locais da cidade, mas a maior concentração estava na porta de entrada da residência de Sergei Skripal.

O vice comissário adjunto Dean Haydon, o coordenador nacional da unidade antiterrorista, admitiu que a investigação vai continuar devido à complexidade e escala do caso.

"Continuamos a lidar com uma série de questões únicas e complexas no que é uma investigação extremamente difícil", vincou, referindo existirem várias linhas de investigação em curso.

A polícia do condado de Wiltshire, que é responsável pela segurança de Salisbury, indicou esta semana ter gasto já 7,5 milhões de libras (8,6 milhões de euros).

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) anunciou hoje a realização de uma reunião "especial" em 26 e 27 de junho para discutir o possível aumento dos poderes na luta contra armas proibidas, a pedido do Reino Unido.

O governo britânico defende que os peritos da OPAQ a possibilidade de, caso tenham provas, identificarem os responsáveis de um ataque químico, já que atualmente apenas podem investigar e determinar se houve ou não uso de armas proibidas num ataque em particular.

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