A denominada Comissão Nacional da Grande Marcha de Retorno divulgou na segunda-feira, dia em que morreu mais um palestiniano na sequência de ataque israelita na Faixa de Gaza, a iniciativa com a embarcação como parte das ações iniciadas no passado 30 de março, entre as quais as manifestações junto à fronteira com Israel.
"A bordo do barco irão os palestinianos que ficaram feridos e necessitam de tratamento médico urgente, os estudantes que não puderam sair de Gaza para prosseguir com os seus estudos e os palestinianos com dupla nacionalidade que necessitam viajar para ver os seus familiares no estrangeiro", adiantou a comissão, em comunicado.
A partida do barco, na parte da manhã, coincide com o aniversário do ataque israelita em maio de 2010 à chamada Frota da Liberdade, que pretendia romper o bloqueio israelita, com várias embarcações que transportavam um total de 750 pessoas.
Os israelitas acabaram por intercetar a frota nas águas internacionais do Mediterrâneo, com a operação "Sea Breeze".
A Comissão Nacional da Grande Marcha de Retorno, composta por representantes políticos e sociais, apelou à população para acorrer hoje ao porto da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Desde que se iniciaram os protestos, 121 palestinianos morreram nos confrontos com forças armadas israelitas, a maioria em incidentes violentos.
Segundo fontes palestinianas, o exército israelita retém seis corpos de palestinianos mortos em confrontações.
Israel considera que o movimento islamita Hamas utiliza estas manifestações para infiltrar-se em Israel e levar a cabo ataques.
A Grande Marcha de Retorno, que estava prevista terminar em 15 de maio, Dia da Nakba ("Catástrofe", em árabe), e continuará até 05 de junho, quando se celebra o início da Guerra dos Seis Dias de 1967.