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SABIA QUE os crustáceos também sentem dor?

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Os animais como a lagosta, o caranguejo, o camarão, a sapateira, etc., não são insensíveis à dor, conforme provaram experiências realizadas na Irlanda pelo cientista Bob Elwood, da Universidade de Belfast.

SABIA QUE os crustáceos também sentem dor?
Notícias ao Minuto

16:39 - 29/05/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo SP-Animais

"Num tanque com dois esconderijos escuros, colocaram-se pequenas descargas eléctricas apenas num deles. Os caranguejos que procuraram refúgio no primeiro espaço e sofreram choques, passaram a abrigar-se no segundo, onde nada os ameaçava, o que significa que a reação à dor, está igualmente patente nestes seres aquáticos, tal como nos vertebrados. Poder-se á argumentar que o facto de se afastarem do local onde receberam choques, são puras reações de 'nocipção', que consistem numa simples perceção de dor, mas que experiências mais avançadas desmentem.

Outros estudos revelaram ainda que as defesas orgânicas existentes nos organismos mais elaborados para minorar a dor não existem nestes animais, por isso, senti-la-ão com muito maior intensidade do que nós próprios, se eventualmente fôssemos sujeitos a tal atrocidade.

Quando por exemplo uma lagosta é introduzida em água a ferver para ser degustada, ela não tem a capacidade de manifestar o seu sofrimento como faria uma ave ou um mamífero, mas a sua dor é sentida com maior e atroz sofrimento.

Pense nisso, quando for a um restaurante festejar com os amigos.

O animal vivo que escolheu, irá sofrer um horror inimaginável para o satisfazer!

UM ATO SIMBÓLICO

Ser mãe não é só o ato de gerar e colocar no mundo um novo ser.

Ser mãe é uma tarefa constante e o compromisso firmado com o universo no momento da conceção. A maioria dos animais sabe disso e nós, seres humanos responsáveis, nunca deveríamos esquecê-lo.

Ser mãe é rebuscar as gavetas da nossa consciência para que nossos filhos aprendam o que os nossos progenitores nos ensinaram, mas sobretudo o que o tempo e a atualidade nos foram dizendo.

Há mensagens que jamais poderão ser guardadas e difundi-las faz parte da formação pedagógica que começa no berço.

O facto de se nascer humano e no agasalho de um lar mais, ou menos confortável, não nos torna superiores à Natureza e seus habitantes, porque somos apenas grãos de areia na gigantesca engrenagem que é a vida!

Não somos 'donos' de nada nem de ninguém e respeitar o próximo, seja ele de que espécie for, faz parte da inteligência superior e sensibilidade que nem sempre está presente em muitos humanos.

Entrar num supermercado, é uma espécie de trabalho de formiga que abastece o formigueiro para não morrer de fome, mas às vezes estamos mais alerta e deparamo-nos com situações que de repente nos agridem e abanam da letargia a que a sociedade e a rotina nos submetem.

Foi assim que me aconteceu uma vez, quando, ao passar pela banca do peixe, reparei numa sapateira que tentava fugir do gelo onde a tinham colocado, ao lado das suas companheiras já mortas.

Continuei a andar, mas o desconforto era cada vez maior. Estava perante um ser vivo em sofrimento cujo destino lhe prometia qualquer coisa que de longe eu não queria que me acontecesse a mim.

Voltei atrás e fiz-lhe uma festa na carapaça. É evidente que ela não percebeu que o meu toque era solidário e terá mesmo achado que era mais uma ameaça à sua vida, mas esse momento foi para mim quase mágico e senti que o seu desespero era também meu.

Impossível deixá-la e impossível seria dormir tranquila sem imaginar se aquele encontro teria sido um alerta ou apenas uma coincidência. Sem mais hesitações, comprei-a!

Com todo o cuidado, cheguei a casa e chamei o meu filho. Não havia muito tempo para explicações, mas ele entendeu de imediato que a liberdade é uma joia mais valiosa que todos os diamantes da Terra...

Era um dia frio, de céu cinzento, mas o mar estava calmo e a praia deserta. Procurámos uma zona rochosa com intervalos de areia e colocámos a sapateira gentilmente no chão, mas ela ficou imóvel!

Possivelmente, teria sido criada num viveiro e nunca sentira a aragem do mar nem imaginaria a aventura que a esperava!

Passados alguns segundos, iniciou a marcha até à água. Uma onda pequenina chamou-a para que acelerasse o passo. Ganhou confiança e correu afoita, mergulhando para essa liberdade que a tantas outras é negada.

Se sobreviveu ou não, nunca saberemos...

Demos-lhe a chance de viver no seu mundo e ela deu-nos a emoção e um abraço molhado.

Obrigada pela experiência, valeu mais esta aprendizagem!"

Teresa Botelho

Sociedade Protectora dos Animais

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