Aborto. Fez-se história na Irlanda, mas sobra "limbo" na Irlanda do Norte

Primeira-ministra britânica pressionada para que Irlanda do Norte mude de legislação, em linha com o resto do Reino Unido.

Irlanda realiza referendo sobre aborto em Maio

© Reuters

Pedro Filipe Pina
28/05/2018 10:00 ‧ 28/05/2018 por Pedro Filipe Pina

Mundo

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Os irlandeses foram a votos na última sexta-feira e os resultados foram claros: a Irlanda, que contava com uma das leis mais restritas do aborto em todo o mundo ocidental, optou por descriminalizar o aborto.

A vitória foi celebrada por quem votou 'Sim' na Irlanda e mereceu elogios de apoiantes da causa noutros países. Mas despertou também atenções para o problema logo ali ao lado.

A pequena Irlanda do Norte é agora o território britânico com as leis mais restritas e a votação na Irlanda já levou a que Theresa May, primeira-ministra britânica, fosse pressionada para mudar a legislação na Irlanda do Norte, como dá conta a BBC.

Sarah Ewart é a ativista que faz este apelo, ela que em 2013 foi até Inglaterra para terminar uma gravidez. Sarah podia levar a gravidez até ao fim mas o feto não sobreviveria fora do útero. Apesar destas condições, Sarah não podia terminar a gravidez na Irlanda do Norte.

A ativista realça à cadeia britânica que agora as norte-irlandesas poderão ir até Dublin, capital da Irlanda, para terminar uma gravidez indesejada. Tal "é um alívio". Ainda assim, "o que queremos é ajuda para que o possamos fazer nos nossos próprios hospitais na Irlanda do Norte", explicou. No entretanto, a Irlanda do Norte mantém-se no que caracteriza como um "limbo".

Dada a dependência da Irlanda do Norte de Londres, Sarah Ewart passa a 'bola' para Westminster, para que o governo e os deputados britânicos possam levar a cabo a mudança.

Os números após mais uma década de fim da criminalização do aborto em Portugal mostraram que o número de abortos diminuiu, ao mesmo tempo que se impediram abortos sem condições higiénico-sanitárias e potencialmente perigosas para a mulher.

 

 

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