Ramadão: Reclusos passam fome porque não há alternativa a carne de porco
Denúncia levou juiz federal a obrigar os funcionários da prisão de Anchorage, nos Estados Unidos, a facultarem refeições nutritivas aos prisioneiros que estão a cumprir o ramadão.
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Mundo Estados Unidos
Um juiz federal do Alasca decretou que os funcionários da prisão de Anchorage, no mesmo estado norte-americano, estão proibidos de oferecer carne de porco aos prisioneiros muçulmanos que estão a cumprir o ramadão.
A decisão surge depois de uma denúncia feita pelo conselho para as relações americanas e islâmicas (CAIR, na sigla em língua inglesa). Segundo esta organização, vários prisioneiros muçulmanos do estabelecimento prisional em causa estavam praticamente a passar fome, uma vez que os guardas prisionais não lhes ofereciam nenhuma refeição alternativa à carne de porco.
A CAIR acusou a prisão de levar a cabo um “castigo cruel e fora de comum”. “A constituição proíbe as prisões de obrigarem os reclusos a terem de escolher entre a sua fé ou a alimentação”, lê-se na denúncia, citada pelo The Independent.
Entre as refeições oferecidas, estavam sandes de fiambre. Os reclusos recusavam esta comida e não lhes facultavam quaisquer alternativas.
O juiz federal deu razão ao CAIR e decretou que os funcionários do estabelecimento prisional de Anchorage têm de garantir alternativas na alimentação dos reclusos muçulmanos.
O ramadão começou no passado dia 15 de maio e prolonga-se até 15 de junho.
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