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Irão e Venezuela dominam agenda do encontro dos chefes de diplomacia

O acordo nuclear iraniano e as eleições na Venezuela são os temas em destaque na agenda da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), que se realiza na segunda-feira, em Bruxelas.

Irão e Venezuela dominam agenda do encontro dos chefes de diplomacia
Notícias ao Minuto

08:05 - 26/05/18 por Lusa

Mundo União Europeia

O encontro dos chefes de diplomacia do bloco comunitário, que será presidido pela Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Federica Mogherini, é o primeiro desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, em 08 de maio, que os Estados Unidos abandonavam o acordo nuclear com o Irão.

A chefe da diplomacia europeia tem reiterado o compromisso europeu em preservar o acordo nuclear iraniano, considerando-o "essencial para a segurança da região, da Europa e do mundo inteiro.

O acordo foi concluído em julho de 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- EUA, Rússia, China, França e Reino Unido -- e a Alemanha) e visa, em troca de um levantamento progressivo das sanções internacionais, assegurar que o Irão não desenvolve armas nucleares.

O Governo português, através do ministro Augusto Santos Silva, que representará Portugal na reunião de segunda-feira, lamentou "bastante" a saída dos Estados Unidos do acordo, aquando do seu anúncio.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE vão analisar ainda as eleições na Venezuela, estando prevista a adoção de conclusões pelo Conselho.

Nicolas Maduro venceu as eleições presidenciais antecipadas de domingo na Venezuela, com 68% dos votos, muito à frente dos seus concorrentes, mas com 54% de abstenção.

A oposição boicotou a votação e denunciou a existência de fraude no escrutínio.

Os Estados Unidos, o Canadá, a União Europeia e uma dúzia de países da América Latina haviam indicado antes mesmo da votação que não reconheceriam o resultado.

Na terça-feira, a UE admitiu a aplicação de sanções à Venezuela pelas numerosas irregularidades assinaladas nas eleições de domingo, que reconduziram Maduro até 2023.

Também a Comissão Europeia lamentou na terça-feira que as eleições presidenciais na Venezuela tenham tido lugar sem que fosse acautelada a transparência e liberdade do ato eleitoral, e garantiu que continuará a seguir de perto os desenvolvimentos no país.

Os chefes de diplomacia comunitários vão ainda debater os últimos desenvolvimentos na Faixa de Gaza, nomeadamente a situação de Jerusalém.

Em 14 de maio, pelo menos 60 palestinianos foram mortos e 2.711 ficaram feridos em protestos na Faixa de Gaza perante o exército israelita, no que foi o dia mais sangrento desde a guerra do verão de 2014 em Gaza.

Os protestos inseriram-se no movimento de contestação designado "marcha de retorno", iniciado a 30 de março, e ocorreram no mesmo dia em que foi inaugurada a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

Desde o início da "marcha de retorno", cerca de 100 palestinianos foram mortos.

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