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PSOE decide hoje se vai apresentar moção de censura contra Governo do PP

A comissão executiva do PSOE reúne-se hoje em Madrid para decidir se apresenta uma moção de censura ao Governo do Partido Popular condenado na quinta-feira pelo seu envolvimento num esquema de correpção de que beneficiou.

PSOE decide hoje se vai apresentar moção de censura contra Governo do PP
Notícias ao Minuto

08:46 - 25/05/18 por Lusa

Mundo processo

Se os socialistas espanhóis avançarem com esta moção de censura o país poderá mergulhar numa crise política com consequências imprevisíveis.

Um tribunal espanhol aplicou na quinta-feira penas elevadas a uma série de políticos e empresários envolvidos num caso de corrupção que ajudou a financiar o Partido Popular (PP, direita) desde 1999 até 2005.

O PP foi multado em 245 mil euros por ter beneficiado do esquema ilegal que se baseava em conceder contratos públicos a empresas em troca de dinheiro.

O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, nunca foi envolvido diretamente no caso Gurtel, como é conhecido, mas os seus cargos de responsabilidade no PP têm levado os opositores a acusá-lo de ter "fechado os olhos" ao esquema.

Uma eventual moção de censura só será bem sucedida se for apoiada pelo quarto maior partido no parlamento espanhol, o Cidadãos (direita liberal) que segundo as sondagens estaria a subir nas intenções de voto, podendo aspirar a ser o primeiro partido na assembleia em caso de eleições.

"Vamos ter de avaliar", disse na quinta-feira o líder do Cidadãos, Albert Rivera, interrogado sobre a possibilidade de apoiar a eventual moção de censura.

O próprio PSOE, segundo maior força política no parlamento, está dividido sobre a questão, visto que as últimas sondagens indicam uma descida nas intenções de voto dos espanhóis no partido.

O Unidos Podemos (extrema-esquerda) e terceira maior força no parlamento é até agora a única força que assegurou o apoio a uma moção, se os socialistas avançarem nesse sentido.

Mariano Rajoy, chamado a prestar declarações ao tribunal, em julho de 2017, declarou na altura que não estava a par dos casos de corrupção quando estes tiveram lugar a partir de 1999 e que ele próprio decidiu, em 2004, cortar as relações que havia entre o PP e Francisco Correa, cujas empresas forneciam serviços a esse partido.

Este empresário, que é considerado o "cérebro" do caso Gurtel, foi condenado na quinta-feira a mais de 52 anos de prisão e Luis Barcenas, um ex-tesoureiro do PP, a 33 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de quatro milhões de euros.

Durante o julgamento, Francisco Correa explicou um esquema em que entregava "envelopes" com dinheiro a funcionários públicos e responsáveis políticos eleitos pelo PP, para ajudarem certas empresas "amigas" a ganharem contratos de direito público.

Este é mais um caso de corrupção entre muitos que envolvem membros do PP e que têm levado os eleitores a perder a confiança no PP.

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