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Japão defende que se mantenha a pressão sobre a Coreia do Norte

O Governo do Japão defendeu hoje que se deve manter a pressão sobre a Coreia do Norte após a decisão do Presidente dos Estados Unidos de cancelar a cimeira prevista para 12 de junho com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Japão defende que se mantenha a pressão sobre a Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

06:48 - 25/05/18 por Lusa

Mundo Porta-voz

"Para que a Coreia do Norte altere as suas políticas [de desnuclearização], é necessário continuar a aplicar a pressão, em conjunto com os Estados Unidos e a Coreia do Sul e a pôr em prática as decisões do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o porta-voz do executivo, Yoshihide Suga.

O mesmo responsável afirmou que Tóquio está a observar com atenção os acontecimentos em torno da Coreia do Norte e salientou que continua em "estreito contacto" com Washinton sobre o diálogo com Pyongyang.

Creio que o que é importante não é a data em que se vai realizar a cimeira, mas somente que esta seja uma oportunidade que permita avanços para solucionar os temas do desarmamento nuclear e dos mísseis, sobretudo os sequestros de japoneses por parte do regime", sublinhou Yoshihide Suga, que não quis valorizar a decisão de Trump de cancelar a cimeira.

Trump cancelou na quinta-feira a cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prevista para 12 de junho, em Singapura, invocando uma "raiva tremenda e hostilidade aberta" por parte da Coreia do Norte.

Contudo, o regime de Pyongyang indicou continuar aberto ao diálogo com os EUA, depois de o Presidente norte-americano ter anulado a cimeira entre os dois países, decisão que o regime de Kim considerou "extremamente lamentável".

Também hoje, a Coreia do Sul referiu que vai manter os esforços de melhorar as suas relações com a Coreia do Norte, apesar do cancelamento norte-americano da cimeira entre os presidentes Donald Trump e Kim Jong-un, disse um responsável sul-coreano.

"O nosso governo vai cumprir os compromissos assumidos para aplicar o acordo firmado no final de abril pelos dois dirigentes coreanos, Moon Jae-in, pelo sul, e Kim Jong-un, pelo norte, com vista à desnuclearização da península coreana", disse o ministro sul-coreano da Unificação, Cho Myoung-gyon, citado pela agência de notícias Yonhap.

"Parece que [a Coreia do Norte] permanece sincera quanto ao conteúdo do acordo e aos seus esforços para a desnuclearização e instalação da paz", comentou ainda o ministro.

As declarações foram realizadas horas após o desmantelamento da base de testes nucleares na Coreia do Norte.

"O desmantelamento do centro de testes nucleares é uma clara manifestação da aposta pacífica da Coreia do Norte para se juntar às aspirações e esforços internacionais (...) para contribuir positivamente para um mundo livre de armas atómicas", sublinhou o regime de norte-coreano através da agência de notícias estatal, a KCNA.

O desmantelamento da base aconteceu na sequência do acordo firmado entre as duas Coreias a 27 de abril passado, no âmbito da "total desnuclearização da península" e coincidiu com o anúncio do cancelamento da cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos feito pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

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