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EUA ameaçam retaliar após anúncio de expulsão de diplomatas por Caracas

Os Estados Unidos ameaçaram hoje a Venezuela com represálias após o anúncio da expulsão dos dois mais altos representantes diplomáticos norte-americanos em Caracas pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

EUA ameaçam retaliar após anúncio de expulsão de diplomatas por Caracas
Notícias ao Minuto

20:58 - 22/05/18 por Lusa

Mundo Tensão

"Não recebemos qualquer notificação por parte do Governo venezuelano através dos canais diplomáticos", declarou um responsável do Departamento de Estado norte-americano, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

Mas, acrescentou, se a expulsão se confirmar, "os Estados Unidos poderão tomar medidas recíprocas apropriadas".

Nicolás Maduro anunciou hoje ter ordenado a expulsão do encarregado de negócios e do chefe da secção política da embaixada dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson e Brian Naranjo, respetivamente.

Os dois diplomatas têm 48 horas para sair da Venezuela.

Nicolás Maduro falava em Caracas, na sede do Conselho Nacional Eleitoral, onde foi proclamado Presidente da Venezuela para o período 2019-2015.

"Devem ir [embora] do país, em 48 horas. Em defesa da dignidade venezuelana. Já basta, que vão. Não querem entender que a Venezuela é livre", disse.

O chefe de Estado venezuelano anunciou ainda que nos próximos dias apresentará as provas "da conspiração no campo militar, económico e político, do encarregado de negócios dos EUA e da sua embaixada".

"Era um conspirador ativo, abusando, violando a lei internacional de maneira descarada (...) mais de dez notas de protesto foram entregues para exigir retificação", frisou.

Por outro lado, referiu-se às sanções anunciadas segunda-feira por Washington contra o seu país e denunciou que a Venezuela é vítima de uma ameaça nunca antes vista.

"Eu digo ao Governo de Donald Trump, do Ku Klux Klan, que nem com sanções, nem com ameaças, nem com conspirações travaram as eleições, que decorreram de forma bem-sucedida, (...) e não deterão a Venezuela", frisou.

Nicolás Maduro disse ainda que tem sido "o Presidente mais ameaçado e agredido da história da Venezuela".

"E, aqui estou em pé, seguro do destino da nossa pátria (...) aqui ninguém se rende a ninguém. A Venezuela é livre, soberana e independente", vincou.

Antes, num comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores, o Governo venezuelano acusou os EUA de intensificarem o que classificou como "criminoso bloqueio financeiro e económico" contra a Venezuela, um dia depois de Donald Trump assinar uma ordem executiva limitando a capacidade das autoridades de Caracas para vender dívida e ativos públicos.

Maduro venceu oficialmente as eleições presidenciais antecipadas de domingo com 5.823.728 votos (67,7%).

O dissidente do regime Henri Falcon obteve 1.820.552 votos, o pastor evangélico Javier Bertucci obteve 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada totalizou 34.6714 votos, indicou o CNE.

De acordo com o CNE, foram registados 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores inscritos.

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