União Europeia admite aplicação de sanções à Venezuela
A União Europeia (UE) admitiu hoje a aplicação de sanções à Venezuela pelas numerosas irregularidades assinaladas na eleição presidencial de domingo, na qual Nicolás Maduro foi reconduzido como Presidente até 2013.
© Reuters
Mundo Federica Mogherini
A Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, referiu, em comunicado, que "a Venezuela precisa, com urgência, de uma solução política para colocar um fim à atual crise e, antes de tudo, para responder às necessidades humanitárias mais prementes da população".
A chefe da diplomacia da UE denunciou "os grandes obstáculos à participação dos partidos políticos da oposição e dos seus dirigentes".
"A UE reafirma que é necessário restabelecer o processo democrático", afirmou.
Hoje também, a Comissão Europeia lamentou que as eleições presidenciais na Venezuela tenham tido lugar sem que fosse acautelada a transparência e liberdade do ato eleitoral, e garantiu que continuará a seguir de perto os desenvolvimentos no país.
"A UE lamenta que não tenha havido um acordo sobre o calendário eleitoral e que o processo eleitoral não tenha garantido eleições transparentes e livres, o que exigia a participação de todos os partidos políticos em igualdade de circunstâncias e sem obstáculos", declarou hoje um porta-voz do executivo comunitário, Carlos Martín.
O mesmo porta-voz sublinhou que Federica Mogherini instou as autoridades venezuelanas a "criar as condições para eleições livres com base num calendário consensualizado e com a participação de todos os partidos", mas "infelizmente" essas reivindicações não foram atendidas.
Assegurando que a UE vai "naturalmente" continuar a trabalhar com vista a "uma solução democrática e pacífica para esta crise", o porta-voz da Comissão advertiu que a União Europeia "vai continuar a seguir de perto os desenvolvimentos" na Venezuela, juntamente com os seus parceiros, e não descarta "futuras ações à luz da evolução" dos acontecimentos.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais antecipadas de domingo com 5.823.728 votos (67,7%).
O opositor Henri Falcon obteve 1.820.552 votos. O pastor evangélico Javier Bertucci 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada 34.6714 votos, indicou o CNE.
De acordo com o CNE, foram registados 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores inscritos.
Consolidação de crédito: Perdido com vários créditos? Organize-os, juntando todos numa só prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com