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Polícia indiana abate pelo menos 12 manifestantes contra fábrica de cobre

A polícia indiana abateu hoje pelo menos 12 pessoas, no estado de Tamil Nadu (sul), numa manifestação, marcada pela violência, em que exigiam o encerramento de uma fábrica de uma companhia mineira por razões ecológicas, disse um responsável policial.

Polícia indiana abate pelo menos 12 manifestantes contra fábrica de cobre
Notícias ao Minuto

16:46 - 22/05/18 por Lusa

Mundo Índia

"Temos a confirmação de que 12 pessoas foram mortas por balas da polícia. Acreditamos que o número deverá aumentar", declarou à agência France-Presse um responsável policial de Chennai, capital deste estado indiano.

Durante o protesto contra a fábrica da empresa Sterlite Cooper, filial da gigante mineira britânica Vedanta, na cidade portuária de Tuticorin, os manifestantes incendiaram uma centena de veículos, lançaram pedras e destruíram lojas, registando-se confrontos violentos com a polícia.

"A polícia teve de agir em circunstância inevitáveis para proteger a via pública e a propriedade, quando os manifestantes recorreram à violência repetidamente", declarou o ministro-chefe de Tamil Nadu, Edappai K Palaniswami, num comunicado citado pela agência Press Trust of India (PTI).

O governante anunciou que as famílias das vítimas receberão indemnizações.

As forças de ordem dizem não ter conseguido dispersar a multidão, com perto de 5.000 pessoas, com bastonadas e gás lacrimogéneo, pelo que se viram forçadas a abrir fogo com munição real.

Vinte agentes policiais ficaram feridos nos confrontos.

A fundição de cobre de Tuticorin tem sido contestada desde há muito tempo. O movimento intensificou-se nos últimos meses, quando a Sterlite procura renovar a licença, que expira este ano.

Os críticos acusam a fábrica de poluir o meio ambiente e o solo da cidade.

A fábrica foi fechada por pouco tempo pelas autoridades locais em 2013, após uma suposta fuga de gás, mas a justiça permitiu que voltasse a operar.

Rahul Gandhi, presidente do partido do Congresso (oposição), denunciou as mortes como "um exemplo brutal de terrorismo de Estado".

"Esses cidadãos foram assassinados por protestar contra a injustiça", escreveu, numa mensagem publicada no Twitter.

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