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Trump pressiona investigação sobre alegada espionagem eleitoral

O Presidente norte-americano conseguiu hoje que o Departamento de Justiça investigue as suspeitas levantadas pelo próprio de que a sua campanha eleitoral para as presidenciais de 2016 terá sido vigiada por motivos políticos, divulgou a Casa Branca.

Trump pressiona investigação sobre alegada espionagem eleitoral
Notícias ao Minuto

23:38 - 21/05/18 por Lusa

Mundo Estados Unidos

A informação surge depois de Donald Trump ter recebido hoje à tarde na Casa Branca o "número dois" do Departamento de Justiça e responsável pela supervisão da investigação federal sobre a alegada inferência russa nas eleições presidências norte-americanas de 2016, Rod Rosenstein, o diretor da polícia federal (FBI), Christopher Wray, e o diretor da National Intelligence (a agência norte-americana de serviços secretos), Dan Coats.

A reunião não constava na agenda pública de Trump, mas segundo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, estava prevista desde a semana passada.

Esta reunião surge um dia depois de Trump ter afirmado, através de uma mensagem publicada no domingo na rede social Twitter, que o Departamento de Justiça devia investigar se os seus agentes ou agentes do FBI "se tinham infiltrado ou vigiado" a sua campanha eleitoral em 2016 "por motivos políticos" e se o tinham feito por ordem da administração do ex-Presidente Barack Obama (democrata).

Já no sábado, Donald Trump tinha sugerido que o Departamento de Justiça e o FBI deviam entregar no Congresso norte-americano todos os documentos relacionados com um alegado informante que teria trabalho para estas duas estruturas em 2016.

Estas exigências de Trump colocaram o Departamento de Justiça e o FBI numa posição delicada, uma vez que historicamente estas duas estruturas operam com independência e longe de qualquer influência política por parte da Casa Branca.

A reunião de hoje levou o Departamento de Justiça a pedir ao inspetor-geral daquela estrutura "a expandir a investigação atual para incluir quaisquer irregularidades nas técnicas do FBI ou do Departamento de Justiça em relação à campanha de Trump", disse Sarah Huckabee Sanders, num comunicado divulgado após o encontro.

Trump conseguiu ainda que estas estruturas assumissem o compromisso de partilhar informações sobre o assunto com o Congresso norte-americano.

"Também ficou acordado de que o chefe de gabinete da Casa Branca [John Kelly] vai planear imediatamente um encontro com o FBI, com o Departamento de Justiça, com a National Intelligence e com os líderes do Congresso para rever informações classificadas e de outro tipo que (os congressistas) tenham solicitado", acrescentou Sanders no mesmo comunicado.

Segundo vários 'media', o FBI teve um informante -- um professor norte-americano que lecionava no Reino Unido - que tinha a missão de contactar com a campanha eleitoral de Trump.

Mas, de acordo com as mesmas informações, o informante do FBI não se infiltrou na campanha de Trump, mas só manteve contactos superficiais com três assessores do então candidato presidencial republicano. As possíveis ligações entre a Rússia e a campanha eleitoral de Trump estariam na base desses contactos.

Trump parece ter visto na existência de um eventual informante do FBI uma possível rampa para desacreditar a investigação federal sobre a alegada ingerência russa nas presidenciais norte-americanas liderada pelo procurador especial Robert Mueller, uma investigação que dura há um ano.

O antigo presidente da câmara ('mayor') de Nova Iorque e atualmente advogado de Trump, Rudolph 'Rudy' Giuliani, assegurou, na quinta-feira, que vai avaliar se a suspeita de infiltração do FBI na campanha do então candidato republicano permite "desafiar a legitimidade da investigação" de Mueller.

No domingo, Giuliani revelou que Robert Mueller planeia terminar a investigação até 01 de setembro.

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