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Putin felicita Maduro e apela à realização de um "diálogo nacional"

O Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou hoje Nicolás Maduro pela reeleição como chefe de Estado da Venezuela, nas eleições de domingo, referindo também a necessidade de existir um "diálogo nacional" naquele país que enfrenta desafios sociais e económicos.

Putin felicita Maduro e apela à realização de um "diálogo nacional"
Notícias ao Minuto

18:46 - 21/05/18 por Lusa

Mundo Venezuela

Num telegrama de felicitações, "o Presidente russo desejou a Nicolás Maduro boa saúde e sucesso na resolução dos desafios sociais e económicos que o país enfrenta", informou o Kremlin (sede da Presidência russa) num comunicado.

A Venezuela, país que conta com uma importante comunidade portuguesa, atravessa uma grave crise económica, social e humanitária que já obrigou centenas de milhares de habitantes a fugirem do país.

Um dia depois do escrutínio, cujos resultados estão a ser contestados pela oposição venezuelana, Putin desejou igualmente "a realização de um diálogo nacional no interesse do povo venezuelano como um todo".

O chefe de Estado russo, também ele reeleito há cerca de dois meses, disse ainda "estar convencido de que as ações de Nicolás Maduro à frente do Estado serão no sentido de continuar a fortalecer a parceria estratégica entre os dois países".

O socialista Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais antecipadas de domingo pela autoridade eleitoral venezuelana, com perto de 70% dos votos, depois de contados quase todos os boletins. Maduro, no poder desde em 2013, foi reeleito para um novo mandato de seis anos, até 2025.

A oposição venezuelana, que apelou ao boicote da votação, rejeitou os resultados e denunciou uma fraude eleitoral.

Os Estados Unidos, o Canadá, a União Europeia (UE) e uma dúzia de países da América Latina indicaram, mesmo antes da realização do escrutínio, que não iriam reconhecer os resultados.

A UE, Washington e uma grande parte da América Latina criticaram a decisão de Caracas de realizar a 20 de maio a eleição presidencial, normalmente organizada em dezembro, denunciando falta de transparência e de garantias de eleições livres.

Num universo de mais de 20,5 milhões de eleitores inscritos, Maduro obteve 67,7% dos votos contra os 21,2% do principal adversário, Henri Falcon, segundo os dados anunciados pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena.

De acordo com o CNE, Maduro foi reeleito com 5.823.728 votos, tendo sido registados um total de 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores inscritos.

O opositor Henri Falcon obteve 1.820.552 votos. O pastor evangélico Javier Bertucci 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada 34.6714 votos, indicou o CNE.

Apesar de reeleito, Maduro perdeu 1.763.851 votos, em relação a 2013, altura em que foi eleito sucessor do antigo Presidente Hugo Chávez (que presidiu o país entre 1999 e 2013) com 7.587.579.

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