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Israel convoca embaixadores de Espanha, Eslovénia e Bélgica

Israel convocou hoje os embaixadores de Espanha, Eslovénia e Bélgica, em reação ao voto destes países no Conselho dos Direitos Humanos da ONU para o envio de uma missão de inquérito à violência das últimas semanas em Gaza.

 Israel convoca embaixadores de Espanha, Eslovénia e Bélgica
Notícias ao Minuto

18:21 - 21/05/18 por Lusa

Mundo Gaza

"Os embaixadores de Espanha e Eslovénia foram convocados para hoje, enquanto a Bélgica será para amanhã", disse à agência de notícias espanhola, Efe, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Emmanuel Nahson.

A diretora do departamento para as relações com a Europa, Rodica Radian-Gordon, transmitiu aos diplomatas espanhol e esloveno a posição de Israel, contrária à decisão tomada na sessão especial do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

O Conselho aprovou uma resolução que determina o envio de uma missão internacional para investigar possíveis violações dos direitos humanos nas últimas semanas na Faixa de Gaza.

A resolução - aprovada por 29 votos a favor, dois contra e 14 abstenções - pede a Israel que colabore com a missão e facilite a entrada no país e nos territórios palestinianos, instando a que os palestinianos protestem de forma pacífica e que se evitem ações que ponham em risco a vida dos civis.

O texto pede também ao Governo israelita que ponha um fim à ocupação dos territórios palestinianos e julgue quem tenha disparado contra manifestantes desarmados.

Desde 30 de março a 15 de maio, os palestinianos, convocados por distintas fações, têm protestado contra Israel.

A 15 de maio, os protestos foram motivados pela transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, tendo 60 palestinianos morrido atingidos pelos tiros do exército israelita, enquanto mais de um milhar ficaram feridos.

Diversos países, organismos e organizações não-governamentais condenaram a violência, considerando ter havido um alegado abuso de força por parte de Israel, uma vez que os manifestantes estavam desarmados, na sua maioria.

Israel assegura que dezenas de manifestantes eram membros do Hamas e argumenta que era a única forma de defender a sua fronteira com Gaza e evitar a entrada em Israel.

O número de mortes nesse dia elevou para 114 os palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde finais de março.

Os protestos inserem-se no movimento de contestação designado "marcha de retorno", iniciado a 30 de março, e ocorreram no mesmo dia em que foi inaugurada a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

A transferência da embaixada concretizou o reconhecimento pelo presidente norte-americano, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel, que contraria o consenso internacional de que o estatuto da cidade deve ser estabelecido em negociações entre israelitas e palestinianos.

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