Secretário-geral da Liga Árabe apela a inquérito a "crimes" de Israel
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abdul Gheit, apelou hoje a "uma investigação internacional" sobre os "crimes" das forças israelitas na faixa de Gaza, na abertura de uma reunião extraordinária da organização pan-árabe no Cairo.
© Reuters
Mundo Gaza
Organizada a pedido da Arábia Saudita, a reunião ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros deve analisar "a agressão israelita contra o povo palestiniano" e a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém, segundo a organização.
As forças israelitas mataram 60 manifestantes palestinianos e feriram mais de 2.500 durante protestos ao longo da barreira de segurança que separa Israel da faixa de Gaza na segunda-feira, dia em que foi inaugurada em Jerusalém a embaixada norte-americana.
"Com a transferência da embaixada dos Estados Unidos para a cidade ocupada de Jerusalém assistimos a uma violência flagrante da lei e da legitimidade internacionais", declarou Abu Gheit, que também condenou "o recurso à força excessiva contra civis palestinianos sem armas".
Israel justificou o uso da força pela necessidade de defender a barreira de segurança e impedir a infiltração de palestinianos em território israelita.
Na terça-feira, vários países pediram uma investigação independente aos acontecimentos mortais na faixa de Gaza, como o Reino Unido, a Irlanda, a Bélgica e a Suíça, enquanto a Alemanha, tradicionalmente entre os principais defensores do Estado hebreu na Europa, se declarou favorável a um inquérito nesse sentido.
A Liga Árabe, por seu turno, apelou à procuradora do Tribunal Penal Internacional para que abra rapidamente um inquérito sobre os "crimes da ocupação israelita" contra os palestinianos e a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) anunciou ter recorrido ao TPI sobre os "crimes de guerra cometidos pelo exército israelita contra jornalistas palestinianos" desde 30 de março, quando começou o movimento de protesto na faixa de Gaza designado "marcha do retorno".
A Autoridade Palestiniana anunciou hoje que vai recorrer ao TPI contra Israel.
A denúncia será apresentada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki, à procuradora do TPI, Fatou Bensouda, na próxima "terça-feira ou quarta-feira", disse à agência noticiosa espanhola EFE fonte da embaixada palestiniana em Haia, que não precisou se a queixa contra Israel é por alegados crimes contra a humanidade, genocídio ou ambos.
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