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Pelo menos dois feridos em protesto de presos políticos na Venezuela

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas, na quarta-feira, durante um motim ocorrido na prisão dos serviços secretos venezuelanos, na sequência de um protesto de um grupo de presos políticos.

Pelo menos dois feridos em protesto de presos políticos na Venezuela
Notícias ao Minuto

07:41 - 17/05/18 por Lusa

Mundo Motim

O grupo exigiu ser apresentado a tribunal porque alguns estão detidos há três anos, sem que tenha sido iniciado um julgamento. Os presos querem também cuidados médicos e a execução de ordens judiciais de libertação já emitidas.

Segundo a deputada venezuelana Delza Solórzano, alguns dos presos foram "brutalmente espancados" por funcionários da polícia política e "aparentemente vários deles teriam sido torturados".

Várias organizações não-governamentais (ONG) indicaram que mais de 200 pessoas estão detidas naquele estabelecimento, incluindo 54 dos 238 presos políticos da Venezuela. Os tribunais concederam já liberdade sob fiança a 20 destes detidos, mas as ordens ainda não foram executadas.

Um dos presos políticos, Lorent Saleh, disse telefonicamente à cadeia de televisão norte-americana CNN que são sujeitos diariamente a agressões e apelou à população de outras prisões venezuelanas para se unirem ao protesto.

"Vamos resistir. Abusaram de nós durante tanto tempo, agrediram-nos tanto que perdemos o medo de tudo", frisou.

Entretanto o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tareck William Saab, anunciou que o Ministério Público enviou uma delegação em resposta às denúncias dos presos políticos.

"Da conversa realizada entre representantes do Ministério Público e os privados de liberdade, manifestámos a vontade de realizar as respetivas coordenações com as autoridades competentes, o sistema penitenciário e de justiça, para resolver a situação", escreveu Saab na sua conta do Twitter.

As autoridades venezuelanas disseram que a situação está sob controlo, mas através das redes sociais presos e familiares desmentiram.

Em comunicado, a Conferência Episcopal Venezuelana pediu às autoridades e instituições do país que respeitem a vida e os direitos humanos dos detidos e procurem uma solução pacífica para os problemas dos detidos.

A 29 de março último, pelo menos 68 pessoas morreram durante um motim no Comando Geral da Polícia de Carabobo, na cidade de Valência, a 150 quilómetros a leste de Caracas.

A causa da morte da maioria das vítimas (68 presos e duas visitantes) terá sido asfixia, na sequência de um incêndio alegadamente provocado pelos presos.

No entanto, várias ONG e familiares das vítimas denunciaram que os presos foram maltratados, borrifados com gasolina e incendiados.

Cinco polícias foram detidos pela alegada responsabilidade pelos acontecimentos que levaram à morte de 68 presos.

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