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Equador montou operação para proteger, mas também espiar, Julian Assange

O Governo do Equador, que deu refúgio a Julian Assange, montou uma operação para proteger, mas também espiar, o fundador do Wikileaks, de acordo com uma investigação do jornal The Guardian e do 'site' Focus Ecuador.

Equador montou operação para proteger, mas também espiar, Julian Assange
Notícias ao Minuto

12:56 - 16/05/18 por Lusa

Mundo Investigação

O australiano de 46 anos refugiou-se em junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para não ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação e de agressão sexual, o que negava.

Segundo o Guardian, que cita documentos dos serviços de informações equatorianos, Quito montou uma operação com um orçamento de cinco milhões de dólares (4,2 milhões de euros) destinada, numa primeira fase, "a proteger" e "apoiar" Assange, mas que evoluiu para uma vigilância sistemática dos seus atos e gestos.

Para executar essa operação, o Governo equatoriano contratou uma empresa de segurança internacional que alugou um apartamento perto da embaixada, onde filmava e monitorizava toda a atividade na embaixada.

"O pessoal de segurança registava em detalhe as atividades diárias de Assange e as suas interações com o pessoal da embaixada, os seus advogados e outros visitantes. Documentaram igualmente as suas mudanças de humor", escreve o jornal.

A operação, primeiro designada "Operação Convidado" e, depois, "Operação Hotel", foi autorizada pelo então presidente do Equador, Rafael Correa.

O Guardian escreve por outro lado que as relações entre a embaixada e Assange se foram deteriorando ao longo do tempo, nomeadamente depois de Assange ter conseguido entrar no sistema informático da embaixada e intercetar "comunicações oficiais e pessoais".

O Wikileaks negou as alegações descritas pelo Guardian escrevendo no Twitter que se trata de "uma difamação anónima alinhada com a ofensiva dos EUA e Reino Unido contra Assange".

Assange permanece refugiado na embaixada por recear ser detido e extraditado para os Estados Unidos, onde pode ser processado pela publicação de documentos militares e diplomáticos confidenciais.

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