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Serviços secretos do Iraque e dos EUA capturaram cinco líderes do Daesh

Confirmação foi dada pelo presidente Donald Trump. Detenções resultaram de operação secreta levada acabo pelo Iraque e pelos Estados Unidos, com colaboração da Turquia.

Serviços secretos do Iraque e dos EUA capturaram cinco líderes do Daesh
Notícias ao Minuto

17:16 - 10/05/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Terrorismo

Minutos antes de anunciar no Twitter que já havia data para o seu encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, o presidente norte-americano escreveu outra publicação que gerou curiosidade mas que acabou por passar despercebida devido ao anúncio do encontro histórico.

“Os cinco líderes mais procurados do ISIS foram capturados”, escreveu Donald Trump quatro minutos antes de revelar que o encontro que o encontro com norte-coreano vai acontecer no próximo dia 12 de junho, em Singapura.

Na verdade, com este primeiro post, Trump estava a confirmar uma notícia da passada quarta-feira. O New York Times, citando duas fontes oficiais iraquianas, revelou que cinco líderes do autodesignado Estado Islâmico tinham sido capturados, resultado de uma operação levado a cabo pelo Iraque e pelos serviços secretos norte-americanos.

No entanto, a notícia ainda não tinha sido confirmada oficialmente pela Casa Branca. Com a sua publicação, Trump acabou por confirmá-la, apesar de não ter revelado o nome dos líderes em causa.

Porém, e ao que tudo indica, nenhum dos cinco capturados será Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Daesh [acrónimo árabe para Estado Islâmico] que se autoproclamou como califa do território que o grupo de jihadista controlou na Síria e no Iraque.

De acordo com a notícia do New York Times, a operação desenvolveu-se ao longo de três meses e começou por seguir um alto responsável do Daesh que esteve escondido na Síria e na Turquia.

Ismail Alwaan al-Ithawi, conhecido pelo nome de guerra de Abu Zeid al-Iraqui, foi localizado pelos serviços secretos iraquianos. É descrito como muito próximo de Abu Bakr al-Baghdadi, e foi responsável pela elaboração das regras religiosas do grupo, dos currículos escolares e fazia parte do corpo de segurança dos jihadistas.

Al-Ithawi vivia na Turquia com a sua mulher, de nacionalidade síria. As autoridades iraquianas enviaram informação às autoridades turcas, que detiveram o alto responsável do grupo no passado dia 15 de fevereiro, tendo depois extraditado o jihadista para o Iraque.

Interrogado pelos serviços de inteligência americanos e iraquianos, al-Ithawi acabou por confessar várias informações secretas sobre o Daesh. Chegou mesmo a contactar companheiros do grupo jihadista escondidos na Síria. Combinaram um encontro junto à fronteira entre os dois países e foi aí que as autoridades iraquianos os detiveram.

Entre os detidos está ainda o sírio Saddam al-Jammel, ex-comandante que chegou a liderar o Exército Livre da Síria (grupo de oposição a Bashar al-Assad) e que depois se juntou aos jihadistas, tendo ajudado no tráfico de armas provenientes do exército de Assad para as fileiras do Daesh.

Outro jihadista identificado foi Abdel al-Haq, um iraquiano que foi responsável pela segurança interna do autodesignado Estado Islâmico. Os outros dois iraquianos detidos não foram identificados, mas, ao que tudo indica, nenhum deles será al-Baghdadi, sendo que as secretas iraquianas acreditam que o líder do Daesh estará escondido na Síria, apesar das inúmeras notícias que já deram a sua morte por diversas vezes nos últimos anos.

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