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Exército sírio confirma três mortos em ataques com mísseis israelitas

O exército sírio confirmou hoje que os ataques com mísseis lançados na última noite por Israel contra diversas posições militares iranianas em várias zonas da Síria provocaram pelo menos três mortos e dois feridos nas suas fileiras.

Exército sírio confirma três mortos em ataques com mísseis israelitas
Notícias ao Minuto

14:17 - 10/05/18 por Lusa

Mundo Síria

Esta informação contradiz os números avançados, também hoje, pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que confirmou a morte de pelo menos 23 efetivos das forças leais ao Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Horas depois dos ataques, o porta-voz do Comando Geral das Forças Armadas sírias, Ali Maihub, afirmou, num discurso transmitido pela televisão, que o impacto de vários mísseis "inimigos israelitas provocaram a morte de três mártires e feriram outros dois".

Uma estação de radares e um armazém de munições foram destruídos pelos mísseis israelitas, segundo o mesmo representante, que acrescentou ainda que a defesa antiaérea das forças de Damasco conseguiu intercetar a maioria dos projéteis.

Na mesma intervenção, Ali Maihub frisou que "estas agressões flagrantes" vão encorajar as forças armadas sírias a conseguir "mais conquistas na luta contra o terrorismo" e a insistir mais "no sagrado dever de defender a pátria".

O porta-voz militar salientou ainda que as forças armadas de Damasco estão dispostas a "fazer frente a qualquer agressão com total responsabilidade e firmeza".

A tensão no Médio Oriente, e nomeadamente no território sírio, aumentou nas últimas horas, com Israel a bombardear dezenas de alvos iranianos na Síria, em represália por um ataque atribuído ao Irão contra forças israelitas nos Montes Golã, território sírio que Israel invadiu em 1967 e anexou em 1981.

A escalada da tensão ocorre num contexto de incerteza em relação ao programa nuclear iraniano, depois de os Estados Unidos terem decidido abandonar o acordo nuclear entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha).

O acordo, concluído em 2015, permitiu o levantamento de parte das sanções internacionais em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.

A diplomacia síria afirmou, entretanto, que os recentes ataques israelitas em território sírio constituem uma "nova fase" na guerra na Síria, que afeta aquele país desde março de 2011.

"A entidade sionista [Israel] e aqueles que a apoiam estão implicados diretamente na confrontação. (...) Isto é o indicador (do início) de uma nova fase na guerra", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio, citado pela agência noticiosa estatal Sana.

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