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Venezuela condena EUA por excluir o país da organização regional

Caracas condenou hoje as declarações do vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que na segunda-feira pediu à Organização de Estados Americanos (OEA) que suspenda a Venezuela, acusando Washington de ser um "império racista".

Venezuela condena EUA por excluir o país da organização regional
Notícias ao Minuto

13:18 - 08/05/18 por Lusa

Mundo Samuel Moncada

"Não aceitamos os EUA como um tribunal, nem uma autoridade em nada. Somos livres", disse aos jornalistas o vice-ministro venezuelano de Relações Exteriores para a América do Norte.

Samuel Moncada, que também é representante da Venezuela na OEA, acusou ainda o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, de ter uma política ameaçadora contra a América Latina.

"Este Presidente diz que a sua preocupação é a região, mas a sua política tem sido clara, 'América first'. Primeiro estão os EUA e depois todos vêm segui-lo (...) Este vice-presidente vem ameaçando, extorquindo, coagindo toda a região e, no entanto, vêm aplaudi-lo", disse.

Moncada explicou aos jornalistas que a Carta da OEA diz expressamente que estão proibidas todas as medidas de coercitivas e que atuem para pressionar indevidamente um Estado membro daquele organismo.

"É como um mafioso que põe a pistola na cara de alguém e diz-lhe dá-me o teu dinheiro. O mesmo acontece neste caso com a Venezuela", frisou.

Por outro lado, explicou que a defesa da Venezuela é uma prioridade para o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"Quero dizer aos venezuelanos, aos nossos militares, que a defesa da Pátria está primeiro. Não podemos permitir que ninguém nos venha agredir, muito menos o vice-presidente de um império racista, que tem humilhado toda a região, humilhado e pateado todo o mundo. Connosco não. 'Bullying' não! Não se aceita 'bullying' na Venezuela", disse.

Moncada apelou aos venezuelanos para que afluam maciçamente às urnas nas eleições presidenciais antecipadas, previstas para 20 de maio, em "defesa da pátria, perante esta agressão (...) este crime contra a Venezuela".

O vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, pediu na segunda-feira aos Estados da Organização dos Estados Americanos (OEA) que suspendam a Venezuela do organismo, considerando que o Governo de Nicolas Maduro transformou o país numa "ditadura".

"Hoje pedimos aos membros desta instituição que cumpram o seu compromisso de longa data com a democracia e a liberdade, apelamos aos membros da OEA para que suspendam a Venezuela da organização", disse Pence, num discurso perante o Conselho Permanente do organismo, reunido em sessão extraordinária.

Pence pediu também aos países americanos para impedirem as autoridades venezuelanas de "lavar dinheiro nos seus sistemas financeiros", lhes imporem restrições de vistos e fazerem com que "Maduro preste contas por destruir a democracia venezuelana", para que a Venezuela recupere a "sua liberdade".

O vice-Presidente norte-americano instou Nicolas Maduro a suspender as "falsas eleições" presidenciais convocadas para 20 de maio e nas quais o Presidente espera ser reeleito.

"Não haverá eleições reais na Venezuela a 20 de maio e o mundo sabe-o. Serão umas eleições falsas com um resultado falso", afirmou.

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