É a pergunta que todos os solteiros temem que lhes façam: “Porquê que ainda estás solteiro?”

“Ainda bem que pergunta, é porque sou uma pessoa horrível que nunca sai de casa”, respondeu nunca ninguém!

Aliás, a maioria dos solteiros não tem uma explicação para estar só – alguns não estão num relacionamento por escolha própria, outros porque temem compromissos, e outros porque simplesmente ainda não conheceram a pessoa certa.

Todavia, e de acordo com a psicóloga Melanie Schilling, há um motivo pelo qual muitos continuam solteiros, mesmo sem que se apercebam: auto sabotagem.

“A maioria dos indivíduos mantêm um papel ativo em se manterem solteiros”, diz a especialista. Ela descreve auto sabotagem como: “Ativamente minar e bloquear oportunidades que impliquem qualquer tipo de interação social ou que possam levar a conhecer possíveis companheiros. Essencialmente está a dizer ao mundo que não está interessado numa relação – e fá-lo quer seja consciente ou inconscientemente”.

Por isso, mesmo que ache que não está sozinho porque assim o quer, estar solteiro pode dever-se às suas próprias atitudes e modo de estar na vida.

“Normalmente as pessoas tendem a culpar fatores externos – por exemplo, ‘está muito frio, começo a sair mais e a ir a encontros quando o inverno acabar’ ou ‘não há homens suficientes’ - e no centro da auto sabotagem está apenas o medo”, explica Schilling.

“Frequentemente quando já sofremos emocionalmente no passado tornamo-nos demasiado protetores de nós próprios. E tememos sentir intimidade e vulnerabilidade com alguém. Porém há uma diferença entre ser razoavelmente cético e prejudicar a própria felicidade”, acrescenta.

Muitas das pessoas que inconscientemente sabotam as suas hipóteses de encontrar o amor, ‘agarram-se’ a três tipos de noções negativas: acerca deles próprios (‘estou melhor sozinho’), sobre os homens e mulheres em geral (‘provavelmente vão trair-me’) e acerca dos relacionamentos (‘não tenho tempo para uma relação’).

Segundo Schilling não está preparado para namorar se mantém um desses três pensamentos.

Então o que pode fazer?

Pode parecer um cliché, mas Schilling crê que primeiro tem que aprender a amar-se a si mesmo, e que só depois poderá de facto amar alguém.

“Mostre compaixão por si próprio, e reconheça e tenha consciência daquilo que está a sentir, estes são os primeiros passos que deve tomar para desenvolver relações mais positivas”, alerta.