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O seu cão lembra-se de tudo o que faz (atenção!)… diz estudo

De acordo com um estudo inédito realizado pelo Instituto de Investigação de Etologia Comparativa, na Hungria, afinal a memória dos cães têm mais semelhanças com a dos humanos, do que previamente se pensava… Sim, provavelmente ele lembra-se 'daquilo' que você fez no verão passado.

O seu cão lembra-se de tudo o que faz (atenção!)… diz estudo
Notícias ao Minuto

22:30 - 16/04/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Espetador indiscreto

Sim, pense duas vezes da próxima vez que for à casa de banho em frente ao seu amigo canino ou até antes se envolver em atividades mais íntimas com o seu parceiro amoroso… O seu cão está a vê-lo e provavelmente vai recordar-se de tudo, ou de grande parte!

“Apurámos que os cães têm a chamada memória episódica”, explica a médica e coordenadora da investigação Claudia Fugazza. A especialista esclarece que este tipo de memória está relacionada com a lembrança de episódios que à partida não são considerados relevantes, no momento durante o qual são codificados ou apreendidos.

Nos humanos, a memória episódica está ligada, por exemplo com a recordação daquilo que comemos ao pequeno almoço ontem de manhã ou com um encontro fortuito com alguém inesperado. Tipicamente, é um género de memória que não se retém durante muito tempo, porque são recordações pouco importantes e triviais, e como tal sem grande consequência.

Testar a memória episódica nos animais é difícil, pelo motivo óbvio dos cães não falarem a ‘língua’ dos humanos. Fugazza e a sua equipa treinaram os cães de forma a que conseguissem imitar ações humanas, como saltar. Ao colocarem um intervalo entre a demonstração da ação (o salto humano), e o comando para a imitarem (o salto do cão), o bicho tinha que recorrer à sua própria memória para se lembrar do ato.

“Deste modo conseguimos testar a memória do cão relativamente à ação do humano, mas como estávamos a testar a memória episódica, esse teste tinha que ser inesperado”, diz Fugazza. “Se o cão soubesse que mais tarde teria que imitar aquele movimento, então recorreria à memória semântica e não necessitaria de viajar mentalmente no tempo para se recordar daquela demonstração”.

Para que o teste fosse de facto imprevisto, foi necessário que os cientistas modificassem as expetativas dos cães. “Os animais aguardavam um comando para imitar, mas em contrapartida dávamos ordens para que se sentassem. Depois aguardavam que déssemos o comando para que se sentassem novamente, mas nessa altura dávamos ordem para que imitassem a ação humana prévia. Apercebemo-nos que os cães se conseguiam recordar de responder a comandos distintos, apesar de notarmos que a capacidade de memória começava a decair após períodos prolongados de espera entre as ordens”.

Fugazza sublinha que este é o primeiro estudo que prova a habilidade canina para reter memórias episódicas, e que é ainda mais significante porque decorreu em condições semelhantes às da vida real e não em laboratório. “Testámos estes cães nos seus habitats naturais, mais precisamente no seu quotidiano com as suas famílias humanas”, diz. Apesar de outros animais, como ratos e chimpanzés, já terem demonstrado ter memória episódica, tal decorreu em experiências realizadas em laboratório que não lidavam com recordações complexas de eventos do dia a dia, salienta a cientista.

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