O termo ‘cherophobia’ ainda não é amplamente conhecido ou está definido com precisão, e até ao momento ainda não foi incluído no Manual Estatístico de Doenças Mentais (DSM-5), a publicação internacional que é o principal recurso para o diagnóstico de condições médicas. Todavia, de acordo com a companhia de comunicação médica Healthline, alguns especialistas médicos já classificam o termo ‘cherophobia’ como uma forma da ansiedade.
De acordo com a Healthline alguém que sofre de ‘cherophobia’ não está sempre triste, mas possivelmente evita situações sociais e atividades que potencialmente o poderiam deixar feliz.
Alguns dos sintomas desta condição do século XXI são:
- Recusar oportunidades que podem levar a mudanças positivas na vida, devido a medos infundados de que algo mau vá acontecer;
- Sentimento de ansiedade exacerbado quando é convidado para um evento social;
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Recusar participar em atividades ‘divertidas’;
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Pensar que sentir-se feliz significa que algo mau vá acontecer;
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Acreditar que ser feliz faz de si uma má pessoa;
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Crer que demonstrar que está feliz provoca sentimentos negativos nos seus amigos e familiares;
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Pensar que tentar ser feliz é uma perda de tempo.
A psiquiatra Carrie Barron refere quais são as possíveis razões para alguém desenvolver ‘cherophobia’ ou ‘hedonophobia’ (‘hedon’ sendo uma variante da palavra hedonismo, ou seja pessoas que têm medo de sentir prazer).
“Nos dias de hoje há muita conversa sobre a procura da felicidade e pode parecer estranho que alguém evite esse sentimento. Porém, geralmente esse medo desenvolve-se devido a alguma situação vivida na infância ou na adolescência”, diz.
“Pode acontecer que a pessoa associe até inconscientemente as sensações de felicidade e de castigo – o que é algo bastante frequente. Imagine que por exemplo, vivia uma altura especialmente feliz e que algo trágico aconteceu, como a morte de um amigo ou de um progenitor, algo do género pode provocar este receio de sentir qualquer espécie de felicidade”, explica a médica.
Barron sugere que os indivíduos que sintam os sintomas anteriormente enumerados procurem a ajuda de um especialista, psicólogo ou psiquiatra.
