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Maria Miguel, a modelo lusa que conquistou Yves Saint Laurent e Chanel

Com apenas 17 anos, a modelo portuense já trabalhou com inúmeros criadores de várias casas de alta costura internacionais e foi a primeira portuguesa a desfilar para a prestigiada casa francesa Yves Saint Laurent.

Maria Miguel, a modelo lusa que conquistou Yves Saint Laurent e Chanel
Notícias ao Minuto

08:00 - 16/04/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Entrevista

Um caminho brilhante no mundo da moda estende-se aos pés de Maria Miguel. Em julho do ano passado, trocou a cidade do Porto por Paris e tornou-se modelo exclusiva da Saint Laurent, para passar os dias a vestir e a dar vida às criações do diretor criativo, Anthony Vaccarello. 

Em setembro do ano passado, foi convidada para abrir o desfile daquela marca de luxo, em Paris, num evento cheio de glamour e de magnificência com a Torre Eiffel em plano de fundo. Um marco na carreira que descreveu como sendo "um momento de uma vida". 

A jovem tornou-se então na primeira modelo portuguesa a desfilar para a prestigiada casa francesa. Para a qual voltou a trabalhar na Semana da Moda de Paris, no último mês de março. 

Maria Miguel desfilou ainda, no mesmo evento, e pela primeira vez, para a Chanel. A portuguesa, de 17 anos, que fechou o evento de apresentação da coleção de outono/inverno de 2018 do icónico Karl Lagerfeld, tem sonhos grandes e distintos, que passam tanto por trabalhar com grandes estilistas, como também por concluir os exames nacionais. "Só me sentirei bem dessa forma, porque o mundo da moda é efémero e fugaz", explica. 

Como iniciou a sua carreira de modelo? Era um sonho de infância?

Nunca pensei em nada que se relacionasse com moda. Um dia, meio a brincar, aconteceu. Participei num casting na L’Agence para o Gop Top Model, em 2016, e estou aqui.

Mudou-se do Porto para Paris no ano passado. Como foi esta mudança?

Ótima, porque entrei no mundo do trabalho com gente fantástica, que sempre me apoiou e numa cidade linda. Mas custou-me bastante deixar a família e os amigos. A minha adolescência mudou, aliás acabou de repente.

Ainda está a estudar?

Sim. Espero em maio conseguir suspender tudo [relacionado com a moda] e fazer os exames nacionais do secundário.

Notícias ao MinutoMaria Miguel tem apenas 17 anos e já dá cartas lá fora© Schon magazine

Como se sentiu ao ser a primeira portuguesa a desfilar para a Yves Saint Laurent?

Não senti nada por ser a primeira portuguesa. Não é por aí. Senti a mesma alegria que sentiria se fosse a milésima. Pois para todas as anteriores 999 teria sido o que foi para mim: um momento de uma vida.

Com quais criadores mais gostaria de trabalhar?

Estando inserida no mundo da moda, faço todos os trabalhos para os quais for contratada com todo o empenho e profissionalismo. Muitas vezes tem mais que ver com as pessoas do que com os criadores em si. E tenho gostado de quase todos.

Mas enquanto tiver disponibilidade e merecer a sua confiança, adoro rever toda a equipa da Saint Laurent e será sem dúvida sempre especial voltar a trabalhar com eles.

Durante os anos 90 as medidas corporais impostas às modelos eram bastante restritas. Já se sentiu pressionada para ter uma certa medida?

Não. Nos momentos em que me sinto mais triste, penso que se além dos sacrifícios que faço - abdicar da minha juventude, estar longe de quase todos de quem gosto, e dos meus locais preferidos - tivesse de fazer mais esse sacrifício para manter as chamadas medidas 'ideais' ou um peso específico, não aguentaria. Felizmente por agora não preciso de ter grandes cuidados. 

Sente que há algum tipo de assédio no mundo da moda? Como lida com isso?

Não. Sinto pelo contrário muito carinho de todos. Mas o meu caso não é o de muitas modelos, porque, por exemplo, tenho quase sempre os meus pais por perto. E as agências com as quais trabalho são muito protetoras. Além disso, a minha principal experiência foi com a Saint Laurent e daí só posso dizer coisas muito boas.

O que espera para o seu futuro? Tem planos para além da moda?

Um passo de cada vez. Agora estou em Nova Iorque e só quero ter tempo para me preparar para os exames, conseguir fazê-los e ter boas notas. Só me sentirei bem dessa forma, porque o mundo da moda é efémero e fugaz. E para ser realmente livre e feliz, tenho de ter uma alternativa.

Só assim posso estar aqui. Não por necessidade, mas como uma oportunidade. Mas sem fechar as portas àquilo que foram, durante 16 anos, os meus projetos.

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