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Sesta no trabalho? Sim, mas só entre as 14H00 e as 16H00, diz estudo
Adiantar a hora tem efeitos menos positivos no organismo e não ajuda à produtividade no trabalho, pelo contrário, dizem os especialistas.
© iStock
Lifestyle Mudança
Como sabe de sábado para domingo os relógios adiantaram uma hora. Se por um lado, a mudança é responsável por dias mais longos e com mais luz, por outro lado, também perde uma hora de sono.
Uma hora a menos de descanso pode não parecer grande coisa, mas os cientistas acreditam que seria oportuno e vantajoso se os trabalhadores pudessem dormir uma sesta no emprego, durante um hora, para compensar o défice.
A médica e coordenadora de uma pesquisa para a empresa de colchões Silentnight e para a Universidade de Leeds, no Reino Unido, Nerina Ramlakhan, afirma que a mudança de horário pode resultar na perda, para alguns trabalhadores, de mais de quatro horas de sono no total.
“A perda de uma hora de descanso é particularmente detrimental para os indivíduos que já sofrem de insónias, cerca de 25 por cento. A mudança no fuso horário pode resultar numa desregulação temporária do organismo, o que fará com que nas primeiras noites após a alteração horária, nos piores casos, algumas pessoas acabem por dormir menos quatro horas diárias”, explica Ramlakhan.
“A maioria da população adulta já apresenta em geral elevados níveis de privação de sono. Estamos, ao contrário dos nossos antepassados, rodeados por inúmeras fontes artificiais de luz, provenientes de ecrãs, como dos telemóveis, dos televisores ou de computadores”.
“A exposição constante à luz artificial pode afetar a quantidade e a qualidade do sono, tornando-nos cronicamente cansados”, diz a médica.
“No interesse da produtividade os chefes deviam considerar permitir que os trabalhadores durmam uma pequena sesta no local de trabalho – poderia fazer uma enorme diferença”, alerta.
Ramlakhan considera que a sesta deveria ser feita entre as 14H00 e as 16H00, e não mais tarde do que isso, de forma a não afetar o sono no período noturno.
A deprivação constante e perene de sono pode contribuir para o aparecimento da Diabetes, de depressão e de doenças cardiovasculares.
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