Adolescente aos 24 anos? Estudos científicos dizem que sim
Um grupo de investigadores do Royal Children’s Hospital, na Austrália, anunciou o intuito de expandir o período da adolescência, tradicionalmente definido entre as idades dos 10 aos 19, até aos 24 anos.
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O estudo publicado no periódico científico Child Development, concluiu que atualmente os adolescentes estão consideravelmente mais envolvidos em atividades menos “adultas”, comparativamente aos adolescentes da década de 1990.
A pesquisa que analisou os dados colectados a partir de um grupo diverso de oito milhões de jovens, entre os 13 e os 19 anos, de 1976 a 2016, inquiriu os participantes relativamente ao que faziam nos seus tempos livres.
O estudo concluiu que os adolescentes de agora se tornam independentes muito mais tarde, e alcançam as primeiras ‘conquistas adultas’, também mais tardiamente, relativamente há 20 anos, tais como tirar a carta, conseguir o primeiro emprego ou o primeiro namoro.
Por exemplo, apenas um em quatro adolescentes têm a carta quando acaba o ensino secundário e a geração Z também sai menos e pratica menos sexo do que as precedentes. Noutras palavras, os 18 são os novos 13.
Vários estudos afirmam que este ‘retrocesso’ se deve a vários fatores. A recessão económica da última década será um dos principais contribuintes para esta realidade, levando a que muitos jovens não frequentem de todo a universidade e permaneçam em casa dos pais, a não comprarem ou alugarem casa ou até a verem-se obrigados a regressar ao lar de infância após breves períodos de independência, e adiem ainda a possibilidade de casamento.
Todavia, o fator mais relevante para a entrada tardia na idade adulta é de facto surpreendente – trata-se nada mais nada menos do que do aparecimento dos smartphones. A nova tecnologia, de acordo com os especialistas, à qual 75 por cento dos adolescentes têm acesso, faz com que a maioria dos jovens opte por viver a maior parte da sua vida online, descurando as responsabilidades adultas e até a vida no mundo real.
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