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Ser antissocial faz bem, diz estudo

No Reino Unido, o Colégio Real de Medicina Geral diz que a solidão apresenta um risco de morte prematura ao mesmo nível que a Diabetes. Conexões sociais fortes são importantes para o funcionamento cognitivo, função motora e para o bom funcionamento do sistema imunitário. Mas não é tudo…

Ser antissocial faz bem, diz estudo

Porém isso é sobretudo evidente em casos de isolamento social extremo. Exemplos de pessoas presas em cativeiro, crianças isoladas em orfanatos e de presos mantidos em solitárias, mostram como a solidão prolongada pode levar a alucinações e a outras formas de instabilidade mental.

Mas esses são casos severos e involuntários. Contudo, estudos recentes indicam que há de facto benefícios para quem se isola voluntariamente porque quer e se sente melhor assim, tanto para o bem estar pessoal desses indivíduos como para a sua vida profissional.

Criatividade

Um benefício chave é mais criatividade. Gregory Feist, especialista em psicologia da criatividade na Universidade Estatal da Califórnia em San Jose, definiu a criatividade como pensar ou agir com dois elementos-chave: originalidade e utilidade.

Ele descobriu que traços de personalidade comummente associados com criatividade são abertura (recetividade a novos pensamentos e experiências), autoeficácia (confiança) e autonomia (independência) - tudo inclui uma "falta de preocupação com normas sociais" e "uma preferência por ficar sozinho". 

Aliás, a pesquisa de Feist com artistas e cientistas mostra que uma das principais características das pessoas criativas é serem menos sociais por vontade própria.

Um motivo para isso é que essas pessoas tendem a passar muito tempo sozinhas a trabalhar nas suas criações. Além disso, diz Feist, "muitos artistas estão a tentar entender as suas emoções e o seu mundo interno para lhes darem significado a partir da sua arte". A solidão permite a reflexão e a observação necessárias para esse processo criativo.

Eficiência

Um estudo realizado em 2011 divulgou que numa rede de restaurantes na qual os funcionários eram mais passivos, chefes extrovertidos eram associados a lucros mais altos. Mas os que tinham funcionários mais proativos, líderes introvertidos eram mais eficientes.

Uma razão para isso é que pessoas introvertidas têm uma tendência menor de se sentirem ameaçadas por personalidades fortes e por sugestões. Elas também têm uma maior tendência para ouvirem.

Desde os tempos mais antigos, sabe-se que há uma ligação entre isolamento e foco mental – o que é deveras simples, a companhia tende a distrair-nos.

Portanto, se a sua personalidade tende para o lado da insociabilidade, não sinta que precisa mudar. Desde que a solidão seja uma escolha sua, se sinta bem e continue a ser um membro produtivo da sociedade, não tem com que se preocupar.

No próximo fim de semana desmarque aquele almoço ou jantar ao qual apenas se sente obrigado a ir e foque-se em si – a ciência diz que pode.

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