Vacina do sarampo protege rapazes contra outras doenças mortais

Meninos não vacinados têm uma maior probabilidade, cerca de 69%, de morrer vítimas de uma outra doença, no período de um ano. Estas foram as conclusões de um estudo que incluiu 38 mil crianças. Nas raparigas a vacina contra o sarampo não fez o mesmo efeito.

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Liliana Lopes Monteiro
13/02/2018 09:30 ‧ 13/02/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Imunização

A vacina contra o sarampo protege crianças do sexo masculino contra outras doenças mortais, de acordo com um grupo de especialistas.

Um estudo, que contou com a participação de 38 mil crianças, concluiu que rapazes que não fossem vacinados contra essa patologia, tinham 69% mais hipóteses de falecer de outra doença qualquer, no espaço de um ano. No caso raparigas não se registou um aumento do risco.

O grupo de investigadores ainda não conseguiu perceber porque os dois géneros, masculino e feminino, reagem de modo tão diferente à vacina.

O clínico e investigador principal Paul Welaga, do Centro de Pesquisa Navrongo Health, no Gana, disse: “Relativamente aos programas de imunização, a assunção geral é que cada vacina protege os indivíduos contra doenças específicas. Porém, este estudo contraria essa suposição, porque pelo que podemos constatar a vacina contra o sarampo ajuda a reduzir a mortalidade infantil, nomeadamente no caso dos rapazes”.

O sarampo mata anualmente cerca de 140 mil pessoas no mundo inteiro, e as crianças que conseguem sobreviver à doença não ficam completa e imediatamente a salvo.

De acordo, com estudos anteriores, crianças infetadas anteriormente continuam mais suscetíveis a contrair outras infeções, durante pelo menos os dois anos que se seguem.

Médicos e cientistas há muito que sabem que o sarampo inibe o sistema imunitário, mas até recentemente acreditavam que esse efeito debilitante passava apenas após alguns meses.

Agora o estudo coordenado por Paul Welaga, admite que a vacinação contra o sarampo, especialmente nos países em vias de desenvolvimento, onde se encontram mais casos, reduz a taxa de mortalidade infantil entre os rapazes e a probabilidade de contraírem outras infeções e doenças, pelo menos durante cinco anos. Sugerindo que apenas prevenir o sarampo já garante proteção contra outras patologias.

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