Da queimadura ao corte. Aprenda a resolver alguns problemas domésticos
Ninguém está livre de um azar mesmo quando está dentro da própria casa.
© iStock
Lifestyle Dicas
Ora a faca está mais afiada do que o esperado e lá se ganha um golpe num dedo, ora a distância para o ferro de engomar é mal medida e lá se fica com uma queimadura no braço, ora se vê um vídeo tão, mas tão engraçado na internet que mastigar ao mesmo tempo que se ri corre mal e faz com que nos engasguemos.
Os acidentes domésticos acontecem a qualquer pessoa, mas é quando se mora sozinho que os cuidados devem ser redobrados. Mas não só: Quem mora sozinho deve ainda procurar saber quais as melhores formas de auto-salvamento.
Para quem passa maior parte do tempo sem companhia, um dos acidentes domésticos mais temidos é ficar engasgado. Pelo risco de ser fatal, esse cenário é dos que mais cuidados requer na hora de agir. Mas, como é que uma pessoa sozinha consegue simular em si mesma a manobra de Heimlsich – compressão na zona da barriga (entre as costelas e o umbigo) para que os pulmões contraiam e o agente obstrutor da via respiratória saia – quando a tendência é para se curvar e comprimir ainda mais o corpo?
Pois bem, não o faz, mas pode sempre “pegar numa cadeira ou em algum objeto e lançá-lo de forma a que se simule a compressão da manobra de Heimlich”, explica à BBC o tenente André Elias dos Santos, membro do Corpo de Bombeiros de São Paulo, no Brasil. Diz ainda a publicação que estimular a tosse até que o objeto saia é também um conselho a ter em conta.
Em casos de incêndios domésticos, ligar para os bombeiros é o primeiro passo a dar, depois há que tentar perceber – com o devido cuidado – qual o foco de início das chamas e recorrer a um extintor para apagar essa primeira fase do fogo. Mas, e se não se tiver um extintor por perto? Então, explica o bombeiro, pode-se sempre recorrer à água ou “qualquer líquido que não seja combustível” ou a um cobertor. Caso o incêndio tenha iniciado num objeto isolado, então o melhor é mantê-lo bem longe de qualquer área inflamável e tentar apagar as chamas ora com água ora com um cobertor. Contudo, estes conselhos são apenas para incêndios pequenos e facilmente domáveis, pois quando as chamas invadem uma área demasiado alargada a primeira preocupação é procurar uma saída segura.
Ainda em casos de incêndio – e quando se trata de um pequeno incêndio, como aquele que acontece quando a frigideira ganha chamas ou a comida no forno queima – importa ainda ventilar a casa ao máximo, evitando o sufoco por inalação de fumo. E por falar em fumo, se este for seco, então o melhor é sair o mais depressa possível desse local, pois o risco de intoxicação é grande.
Mais ou menos comum entre lides domésticas são as queimaduras, contudo, nem todas as mezinhas caseiras são indicadas para cuidar desta lesão cutânea. Segundo André Elias, “só água à temperatura ambiente” é o suficiente numa primeira fase, desaconselhando por completo o uso de pasta de dentes ou carne na zona ferida. Quando se trata de uma queimadura mais ou menos intensa e grande, não rebentar a bolha e não tentar descolar a roupa que possa estar presa são outros dois conselhos a seguir neste tipo de situações, em que o melhor é mesmo recorrer a um médico ou enfermeiro.
Quando em causa está um corte, o primeiro passo a estancar o sangue e depois fazer um curativo que seja suficiente para aguentar até visitar um médico ou enfermeiro, pois em caso de golpes mais longos e profundos pode ser necessário levar pontos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com