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Estamos a viver uma epidemia da infelicidade e a culpa é da tecnologia

As novas tecnologias até podem ‘aproximar’ as pessoas, mas estão a ‘matar-nos’ aos poucos.

Estamos a viver uma epidemia da infelicidade e a culpa é da tecnologia
Notícias ao Minuto

12:30 - 25/01/18 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Ciência

As redes sociais enchem-se de imagens que espelham uma felicidade quase máxima, um cenário perfeito, uma alimentação cuidada, um corpo esbelto, uma roupa caríssima, um objeto de desejo. As redes sociais mostram-nos o melhor, mas o melhor nem sempre corresponde ao real.

As pessoas vivem ‘agarradas’ aos dispositivos móveis e à vida de terceiros que é constantemente partilhada e replicada nas redes sociais e isso traz tristeza. Traz tristeza porque não se tem aquela felicidade quase máxima, aquele cenário perfeito, aquela alimentação cuidada, aquele corpo esbelto, aquela roupa caríssima, aquele objeto de desejo. Não se tem nada disso nem a capacidade de perceber que tudo aquilo é uma mera encenação do belo, um mero enquadramento para a beleza digital.

O psicoterapeuta Jodi Aman já abordou esta questão e, como lhe contámos aqui, revela que as redes sociais impulsionam os sentimentos negativos em determinadas pessoas, especialmente naquelas que são mais ansiosas, inseguras e isoladas.

Mas não é só por esta ansiedade e até mesmo ‘inveja digital’ (de não conseguir ter o que os outros mostram, mesmo que isso seja tudo encenado) que os dispositivos móveis e as redes sociais causam infelicidade. A falta de contacto com pessoas reais também.

Diz um artigo científico publicado no site The Conversation que os mais recentes estudos sobre o impacto destas plataformas conseguiram unanimidade numa conclusão: as pessoas (especialmente as crianças e os jovens) que passam mais tempo em amizades digitais do que em amizades reais tendem a ter maiores níveis de infelicidade, uma epidemia globalizada e que poderá servir de trampolim para o aumento de estados depressivos num futuro próximo.

Na prática, e olhando para o impacto da tecnologia nos mais novos, aqueles que passam mais tempo em atividade dentro de quatro paredes e de algum modo digitais (seja ao computador, numa consola, etc.) são menos felizes do que aquelas que brincam na rua, em espaços livres e isentos de tecnologias. E tudo isto começa, muitas vezes, com maus hábitos dentro de casa. Como lhe contámos aqui, é importante que a vida familiar seja protegida de ‘intrusões dos ecrãs lúdicos’ e que os pais devem agir como modelos a seguir promovendo, por exemplo, os ‘jantares sem tecnologias’ para garantir as conversas familiares.

Para Jean Twenge, professora de Psicologia da Universidade do Estado de San Diego, e autora da publicação, esta epidemia da infelicidade é mesmo transversal às mais variadas idades, apresentando um impacto cada vez maior nos adultos.

Apesar da azáfama do dia a dia e do aumento da carga de trabalho, o pouco tempo livre que se tem é passado ao telemóvel ou ao computador e sempre 'online' nas redes sociais. Estar sempre 'disponível' rouba tempo de 'verdade' e aumenta os níveis de ansiedade, visto que as pessoas ficam sempre à espera de algum tipo de interação e reação por parte dos amigos digitais.

Desligar é mesmo a palavra de ordem, até porque basta uma semana sem ir ao Facebook para que as pessoas se classifiquem como mais felizes, destaca a especialista.

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