Comer carne faz mal a um vegetariano?

Será mito ou realidade a ideia de que quem muda de omnívoro para vegetariano perde a capacidade de digerir carne?

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Mariana Botelho
16/01/2018 06:11 ‧ 16/01/2018 por Mariana Botelho

Lifestyle

Vegetarianos

O vegetarianismo e o veganismo são tendências de alimentação cada vez mais comuns e mais praticadas em Portugal, seja por questões de saúde ou por se ser contra a indústria de carne. Num ou noutro caso, como em tantos outros, há quem não se adapte ao estilo de vida vegetariano e aqui surge a frequente dúvida sobre se o organismo irá conseguir aceitar novamente, ou não, a ingestão de carne.

A mudança de estilo de vida, na alimentação, não é irreversível. Contudo, o processo de voltar a uma alimentação omnívora tem de ser suave e gradual, devido à bacteria intestinal que ajuda a digerir qualquer coisa que seja ingerida. Se alguém deixar de ingerir carne durante um considerável período de tempo, é normal que o número de bactérias intestinais responsáveis pela destruição de proteína animal diminua. Ao voltar a comer carne, a digestão será mais lenta e difícil pela falta destas bactérias.

Tal não indica necessariamente algo negativo, apenas que o corpo tem de se reajustar novamente aos novos hábitos. O mesmo acontece quando alguém com hábitos alimentares desaconselháveis passa a comer de forma equilibrada: embora os novos hábitos sejam bastante mais saudáveis, o organismo está desabituado, o que se irá traduzir em inchaço e náuseas – os mesmos sintomas que vegetarianos frequentemente sentem ao voltar a ingerir carne.

Como seria de esperar, esta transição é tão mais fácil quanto menos restrita seja a alimentação vegetariana que se seguia e menos pesado o tipo de carne que se coma na mudança de hábitos. A alguém com uma alimentação vegetariana muito baixa em gorduras é desaconselhado que volte à carne com um cheeseburguer ou um bife de carne de vaca, como refere Batayneh, a nutricionista de São Francisco com quem falou a revista More.

Segundo a especialista em nutrição e saúde, a má transição entre hábitos alimentares nem sempre se deve à quantidade de carne, mas à de vegetais e grãos. Se alguém comer uma grande porção de galinha, irá completar a refeição com uma pequena porção de verduras, que fará falta ao organismo.

Em suma, transições graduais e porções pequenas são a chave para uma mudança de hábitos mais natural e eficaz. Nos primeiros dias, opte por pratos como salada com galinha desfiada, por exemplo, e tenha sempre em mente o motivo que o levou a adotar o hábito alimentar que melhor se adapta a si, em todos os aspetos.

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