Os smartphones são já uma extensão do corpo humano, atuando mesmo como memória externa das pessoas… mas não só. O uso de dispositivos móveis está associado a uma vida mais facilitada, mas também a uma sem fim de problemas que a médio e longo prazo se tornarão ainda mais notórios.
A dependência de telemóveis é já uma realidade – muito por conta das redes sociais e do medo de não estar a par de tudo (aquilo a que em inglês se chama de F.O.M.O) – e o impacto na saúde e vida social também, estando mais do que na hora de travar o uso exaustivo destes equipamentos digitais (desenhados cada vez mais para que a pessoa se sinta dependente e necessitada).
Para ajudar quem pretende livrar-se da ‘maldição’ dos gadgets, o antigo funcionário da Google Tristan Harris dá a conhecer cinco dicas para dizer 'adeus' ao vício do telemóvel já em 2018.
E o primeiro passo a dar, escreve a BBC, é dar menos cor ao ecrã do smartphone, deixando-o o mais cinzento possível, pois as cores brilhantes são vistas como recompensa para o cérebro, fazendo com que queira mais e mais. E por falar em ecrã, quanto mais limpo de aplicações tiver, menor será a tentação. Diz o antigo funcionário da gigante tecnológica que no ecrã inicial devem constar apenas as aplicações mais enfadonhas e que não peçam muito tempo de uso, como o calendário, a calculadora, etc. Tudo o que é redes sociais deve ficar bem ‘longe’.
Desativar o máximo de notificações, especialmente aquelas que não são pessoais, é também um passo a dar e que, a curto prazo, irá fazer com que a pessoa se ‘esqueça’ de verificar a cada minuto se tem algo novo no telemóvel, algo que acontece porque, muitas vezes, acredita que o ouviu tocar ou vibrar.
Uma vez que o smartphone interfere e muito com a qualidade do sono, Tristan Harris recomenda que se mantenha a distância física do equipamento, especialmente no quarto e na hora de ir dormir. Mas, e se o telemóvel precisar de carregar? Que seja feito noutra divisão da casa e que seja usado um despertador ‘verdadeiro’.
Por fim, mas não menos importante, Harris aconselha ainda o uso do motor de busca do próprio equipamento, um hábito que faz com que seja escrito o nome da aplicação que se quer e que vai fazer com que tal seja feito quando é mesmo necessário abrir a app, enquanto ter o logótipo logo à disposição leva ao clique fácil.