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Coração partido existe e deixa marcas para toda a vida, diz estudo

Investigação apoiada pela Fundação Britânica do Coração (BHF) descobriu que efeitos da síndrome do coração partido imitam um ataque cardíaco e ficam para sempre.

Coração partido existe e deixa marcas para toda a vida, diz estudo
Notícias ao Minuto

16:03 - 19/11/17 por Anabela de Sousa Dantas

Lifestyle Síndrome

Embora ainda não seja uma condição reconhecida de forma transversal, a miocardiopatia Takotsubo, ou síndrome do coração partido, existe e tem consequências mensuráveis. Um novo estudo da Fundação Britânica do Coração (BHF) mostra agora que os estragos são permanentes.

Manuel de Juan Espinosa, um professor de Psicologia da Universidade Autónoma de Madrid, já havia indicado que estar de coração partido tem efeitos que são “tremendamente parecidos com a síndrome da abstinência causada por uma droga”. Esta condição, que se sucede a um evento traumático como uma separação amorosa ou uma morte, afeta a frequência cardíaca e pode mesmo imitar os efeitos de um enfarte.

De acordo com a investigação, a síndrome do coração partido afeta três mil britânicos por ano, enfraquecendo o músculo cardíaco e dificultando o seu funcionamento normal. Antes acreditava-se que os efeitos da síndrome eram reversíveis mas essa perceção é agora desmentida.

Cientistas da Universidade de Aberdeen acompanharam 37 pacientes com síndrome de coração partido ao longo de dois anos. Os resultados permitiram confirmar que todos os participantes perderam elasticidade no tecido muscular, alterando os batimentos cardíacos, consequências iguais às de um ataque cardíaco.

As imagens de raio-x feitas aos pacientes mostraram danos no músculo cardíaco, algo que não é reversível, e que permite afirmar que os doentes desta síndrome ficam com taxas de sobrevivência similares às de quem sofreu um ataque cardíaco.

“A Takotsubo é uma doença devastadora que pode prejudicar pessoas saudáveis de repente. Antes pensávamos que os efeitos desta perigosa doença eram temporários, mas agora percebemos que podem continuar a afetar as pessoas para o resto das suas vidas", explica o professor Jeremy Pearson, diretor médico da BHF.

José Fragata, diretor do serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, falou sobre o assunto em entrevista ao Notícias ao Minuto, e disse não acreditar na noção de coração partido mas não menoriza a ligação do coração com o sentir, como quando duas pessoas com ligação familiar morrem com pouco tempo de intervalo.

“Para pessoas de idade que perdem o outro que era, digamos, contorno da sua vida, não custa acreditar que, do ponto de vista físico, isso seja um abatimento enorme. Obviamente o coração, que nessas pessoas de idade é um órgão já de menos resistência, pode fraquejar por aí. Mas não há verdadeiramente uma noção do coração partido. É sabido que as emoções, e mais as emoções negativas, são predisponentes à doença coronária, é verdade, mas não é de um dia para o outro que isso acontece. Faz parte da chamada aureola mística do coração, que talvez não seja 100% verdadeira e talvez não seja 100% mentirosa”, afirmou.

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