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Mary Me. Casamentos à grande e à portuguesa

Boa comida, boa bebida, bom clima, boas pessoas. Portugal é o destino ideal para casar e são cada vez mais os casais estrangeiros que escolhem as terras lusitanas para o 'grande dia'. O Lifestyle ao Minuto esteve à conversa com Maria Luís Teixeira, wedding planner e criadora do Mary Me, para tentar perceber este fascínio pelos casamentos em Portugal.

Mary Me. Casamentos à grande e à portuguesa
Notícias ao Minuto

08:00 - 19/11/17 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Entrevista

Portugal está na moda. Seja pela comida, pela paisagem, pela história, pela costa, pelo clima. Portugal está na moda e quanto a isso não restam quaisquer dúvidas, "mais não seja por causa do The New York Times, que fala de nós todos os dias".

Mas Portugal não está na moda apenas no que diz respeito ao turismo, Portugal é, atualmente, um dos destinos de eleição para casamentos, afinal, "o que os estrangeiros querem é boa comida, bom vinho e uma boa animação"... nada que os portugueses não dominem, sejamos honestos.

Habituada a fazer as honras da casa a quem pretende ir além fronteiras para dizer o 'Sim', Maria Luís Teixeira, wedding planner e criadora do Mary Me, explica em conversa com o Lifestyle ao Minuto que são cada vez mais os estrangeiros a escolher cidades portuguesas para casar. "Se forem americanos, britânicos ou irlandeses, o que eles querem é boa comida. Não são muito exigentes, só na escolha da cidade, que querem o Porto ou Algarve", conta-nos.

Advogada de profissão - e ainda a exercer - Maria está mais do que familiarizada com o mundo encantado dos casamentos, tendo encontrado neste negócio - "que não está em crise", diz - uma forma de "ter uma coisa que fosse mais cor de rosa do que o departamento de crime".

"Quando era mais nova andei numa escola de dança em Matosinhos e atuava em casamentos, também trabalhei em casamentos como babysitter, então, comecei a ver que havia um fio condutor que era os casamentos e pensei na minha geração, nos portugueses que emigraram e não tinham cá ninguém para organizar o casamento, e as coisas foram-se assim desenrolando. Fui fazer uma formação a Inglaterra em design e decoração, comecei a estudar e as coisas foram aparecendo, criei um site, embora fosse um bocado precário, escrevia no blogue e no Facebook para dinamizar e angariei clientes".

Casamentos à grande e à portuguesa

Preparar casamentos à distância não é uma tarefa, de todo, fácil. De acordo com Maria, "grande parte dos noivos não vêm a Portugal antes do casamento, selecionam tudo através da informação que lhes vamos dando". Mas esse é "o grande desafio" da equipa do Mary Me. "Temos de ter os pés bem assentes na terra. Temos de conseguir acertar nos seus gostos e objetivos", explica-nos, destacando que além da festa em si, o que os estrangeiros mais procuram "são transportes e auxílio na logística com os convidados todos", que chegam muitas vezes dois ou três dias antes do casamento.

Por parte dos portugueses, "aqueles que emigravam jovens e vão casar com uma pessoa de outra nacionalidade", esta é também uma das principais preocupações, "porque uns são portugueses e outros não".

Segundo Maria, além de toda a logística com os convidados, os noivos em que um deles é português "também já começam a querer as mesmas atividades dos estrangeiros, como os passeios de barco no rio Douro... o casamento para eles acaba por ser uma experiência de três dias, para eles e para os convidados".

E são esses mesmos convidados estrangeiros aqueles que "continuam a ser os melhores clientes". Para a criadora do Mary Me, quem vem de fora "dificilmente tem algo para dizer mal", "gostam imenso da organização" e deixam-se facilmente render aos casamentos à grande e à portuguesa, afinal, "nenhum deles está habituado a comer e beber tanto como num casamento cá. Chegam a Portugal e ficam fascinados, seja pelo bom tempo que lá não têm, pela boa comida, pela boa bebida, pelas equipas de funcionários falarem maioritariamente inglês, o que não acontece em países como Espanha e Itália".

"Os convidados estrangeiros sentem-se muito acarinhados, dizem que somos muito bons anfitriões. Acho que o maior problema dos portugueses é que recebemos melhor os estrangeiros do que os próprios portugueses", lamenta.

Para que um casamento seja à grande e à portuguesa é preciso bebida à descrição, algo que para nós é perfeitamente "comum", mas que para quem não é de cá não soa assim a tão normal. A bebida à descrição pode ser, na verdade, um problema para quem vem de fora.

"Se o casamento for num espaço próprio, o bar aberto é o dia inteiro e não há limite, mas para os estrangeiros isto é a loucura e temos clientes que dizem mesmo que não querem álcool durante o cocktail porque vai correr mal, pois não estão habituados. No ano passado tivemos uns finlandeses que nos disseram isso, 'os finlandeses são muito malucos, bebemos muito álcool e por bebermos muito álcool não podemos ter o bar aberto, vamos ter só umas cervejas e depois o bar aberto só à noite' e recusaram, disseram que ia haver asneiras e mais vale cortar", conta-nos.

"Fui a casamentos na Holanda e na Bélgica e nota-se a diferença, ou só se tem cerveja incluída ou nós pagamos a nossa bebida. Aqui isso era impensável, se nos dissessem num casamento que tínhamos de pagar um gin vínhamos embora. Lá fora isto é culturalmente aceite. Em Inglaterra, para se ter um bar aberto é preciso pagar umas 400 libras e cá não, pagam 180 ou 190 euros, o que para nós é já um exagero, e acham super barato".

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