Será o sal rosa dos Himalaias tão bom como dizem?
É uma das maiores tendências alimentares, mas será um alimento tão interessante como parece?
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Lifestyle Tendências
Assim que a ciência reforçou todas as acusações até agora feitas contra o sal - mantendo-o lado a lado com o açúcar no leque de ingredientes mais penosos para a saúde -, disparou a procura por alternativas que agradem ao paladar e à saúde em geral. E todos os caminhos foram dar às prateleiras onde se encontram o sal rosa dos Himalaias.
Este tipo de sal passou a fazer parte dos discurso de vários médicos e nutricionistas e foram muitos os sites e blogues que passaram a incluí-lo nas suas receitas e dicas culinárias. Dizem os especialistas, que este sal é rico em minerais, contém menos sódio e apresenta outros benefícios, como o impacto positivo na qualidade do sono, redução das cãibras e das alergias.
Contudo, apesar das recomendações dos especialistas, há quem diga que faltam evidências científicas que corroborem estas informações. "A verdade é que há uma escassez de literatura científica confiável a respeito deste sal", afirma a nutricionista da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), Clarissa Fujiwara, em entrevista ao UOL.
Um estudo da Universidade de Putra Malásia concluiu que a quantidade de sódio entre o sal dos Himalaias e o sal refinado é mínima, por exemplo. Os minerais também deram origem a polémica, pois os cientistas afirmam que, para fazer diferença, o sal rosa teria de ser consumido numa quantidade muito alta - e importa salientar que a Direção-Geral de Saúde recomenda o consumo máximo de cinco gramas de sal de cozinha por dia
De acordo com a Conceição Trucom, este sal pode não ser tão interessante a nível nutricional como se pensa e é ainda passível de contaminação. A especialista em química fez um teste com o sal que consistia em misturar 10 gramas em 100 gramas de água. O resultado: enormes quantidades de substâncias, como areia, óxidos e carbonatos ferrosos e de cálcio, que não se dissolveram e boiaram.
Para Celso Cukier, presidente do Instituto de Metabolismo e Nutrição, o consumo em altas quantidades pode ser preocupante, embora o uso pontual deste sal não traga problemas.
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