Radiações, calor e luz visível. Eis o que está a 'arruinar' a pele
Fique a conhecer alguns dos principais inimigos da saúde cutânea.
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O verão já lá vai, mas a proteção da pele deve continuar na ordem do dia. Independentemente da estação do ano em que se possa estar, existem sempre quatro potenciais agressores da pele, falamos dos raios UVA e UVB, do calor e da luz visível.
“Precisamos falar de filtros solares com uma leitura um pouco mais ampla, ou seja, eu não posso falar apenas de anti-UVA e anti-UVB, tenho de começar a pensar no comprimento de onda crítico 415nanômetros da luz azul e tenho de começar a pensar nos infravermelhos”, explica a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
“Muitas vezes, mesmo com um alto FPS [fator de proteção solar] contra raios ultravioleta, esta proteção é ineficiente contra os raios infravermelhos, que inflamam a pele, provocam flacidez e aumentam o risco de cancro”, acrescenta a médica.
Segundo a dermatologista, quando falamos em envelhecimento à boleia destes agressores, estamos a falar da formação precoce de rugas e manchas, da mudança na textura da pele, da atrofia com uma epiderme pergaminácea e flacidez, entre outras patologias, que têm grande relação com o UVA e os infravermelhos.
Para aumentar o conhecimento sobre os perigos a que a pele está sujeita diariamente, a dermatologista explica os danos causados por cada um destes agressores. Ei-los:
UVA — É o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas). Este tipo de radiação atravessa as nuvens, o vidro e a epiderme, é indolor e penetra na pele em grande profundidade, chegando até às células da derme — sendo o principal produtor de radicais livres.
“Os raios UVA afetam a pele ao longo de todo o ano, independente da estação. Este tipo de radiação não é bloqueado totalmente com o protetor solar e traz prejuízos, desde lesões mais simples até, em casos mais graves, cancro da pele”, explica a dermatologista.
UVB — A radiação ultravioleta B deixa a pele vermelha e queimada, danificando a epiderme e é mais abundante entre as 10h00 e as 16h00. “O seu grau de proteção é medido pelo FPS e é uma radiação que pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancro também”, comenta.
IR — O infravermelho ou IV é sentido através do calor. “É uma radiação que acomete num comprimento de onda suficiente para atingir a derme mais profunda — a derme reticular — onde estão as fibras de que sustentam a pele". A dermatologista explica que, para evitar a flacidez e rugas, é importante o uso do bloqueio físico solar e antioxidantes que diminuam o processo inflamatório causado pelo infravermelho, que em casos mais graves pode ainda dar origem ao aparecimento de cancro.
Luz visível — “Presente na nossa rotina diária, é capaz de promover a médio e longo prazos um quadro de eritema mesmo que subcutâneo, mas já suficiente para gerar a presença das 'sunburn cells' (ou células que sofreram alterações importantes pela radiação ultravioleta apresentando degeneração no seu ADN, promotoras mais tarde da possibilidade de contrair cancro)”, explica. A luz visível é, por exemplo, aquela que tem origem nos dispositivos tecnológicos.
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