Tudo o que precisa de saber para fazer as 'pazes' com o seu intestino
A vida 'secreta' dos intestinos é agora explicada em livro.
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Lifestyle Dicas
O processo digestivo é um dos mais importantes para a boa saúde humana. É através deste mecanismo natural do corpo que alimentos orgânicos se convertam em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis, cujos nutrientes passam a ser mais facilmente armazenados no organismo.
Apesar de associar-mos a digestão à barriga, a verdade é que tudo começa com a mastigação. Aliás, tudo começa com a comida que está no prato e nos ativa os sentidos.
Quem o diz é Lene Knudsen, sueca que faz da arte da culinária um alvo de estudo nutricional. Para a autora, que lançou recentemente em Portugal o livro 'Tudo de bom para o meu intestino' [Jacarandá], o processo digestivo começa no prato, passa pela mastigação dos alimentos até que se transformem em bolo alimentar, que chega ao estômago através do esófago.
No estômago, esse mesmo bolo alimentar é afetado pelo suco gástrico, dando-se origem ao quimo, que chega ao intestino delgado sob a forma de quilo e após receber os sucos intestinais e pancreáticos e sofrer a ação de enzimas. Uma vez que se trata de um processo complexo e demorado, tudo termina somente quando o quilo chega ao intestino grosso e são defecados os restos não aproveitáveis.
Tudo de bom para o meu intestino© Jacarandá
O nosso segundo cérebro
A digestão não é apenas um mecanismo físico do nosso organismo, é também um processo mental, não fossem os instestinos o nosso segundo cérebro. "Tão complexo como o nosso cérebro, o sistema nervoso entérico, ou SNE, emite sinais através dos neurónios, que o nervo vago (que faz a ligação entre o cérebro e o intestino) transmite diretamente ao hipotálamo. Este irá, por sua vez, transmitir a mensagem ao sítio certo. As mensagens 'viajam' nos dois sentidos, mas são dez vezes mais numerosas no sentido dos intestinos para o cérebro do que no sentido inverso", explica a autora no livro.
Falando assim, até parece que estamos perante uma perfeita sinergia, mas não. Segundo Lene Knudsen são vários os fatores que podem provocar uma comunicação deficiente entre o sistema nervoso entérico e o sistema nervoso central, como é o caso do stress, das alergias, da malnutrição, da depressão, do desequilíbrio da flora intestinal devido a micróbios patogénicos, entre outros.
Porém, nada como uma boa alimentação para tentar resolver o problema ou, pelo menos, para tentar fazer as pazes com os intestinos. Ao longo de mais de 280 páginas, a autora dá a conhecer tudo o que é preciso saber sobre o organismo, sobre os alimentos que comemos, as enzimas, os probióticos, os sintomas a que devemos prestar atenção e, claro, as receitas que devemos colocar em prática para ter mais saúde.
Ervas aromáticas, especiarias e ingredientes básicos para umas pazes felizes
Para Lene Knudsen, as ervas aromáticas e as especiarias são dos melhores alimentos para um sistema digestivo mais saudável. Mas a estes ingredientes juntam-se outros igualmente fáceis de encontrar, preparar e consumir.
As sementes e frutos de casca rija - avelãs, amêndoas, sementes de abóbora, sementes de girassol, sementes de funcho - são uma excelente opção, assim como o alho fresco, a cebola fresca, o caldo de legumes ou galinha, o azeite, o óleo de sésamo, o leite de coco, o molho de soja, a pasta de sésamo e a pasta de miso.
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