Dormir mal pode aumentar o risco de demência em cerca de 10%
Más notícias para quem dorme pouco ou passa horas às voltas na cama: além de isto lhe trazer dias de cansaço e mau humor, também pode aumentar o seu risco de vir a sofrer de demência.
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Lifestyle Estudo
Uma boa noite de sono não só o deixa com energia para a manha seguinte, como o pode ‘proteger’ da demência. Isto porque os cientistas pensam que o estado de sono em que se sonha aumenta as ligações no cérebro, protegendo-o contra a instalação da demência.
O pior é que passar pouco tempo nesta fase de sono pode aumentar o risco de desenvolver a doença. Segundo um estudo publicado na revista Neurology, passar apenas 1% do temo na fase do sono REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês), na qual se produzem os sonhos, estava ligado a um aumento de cerca de 9% do risco de demência (de qualquer tipo) e 8% mais risco de desenvolver Alzheimer.
Como reporta o site LiveScience, REM é uma das quatro fases do sono, que também inclui duas fases de sono leve e uma fase de sono profundo chamado sono de onda lenta. O sono REM é caracterizado por sonhos vívidos e altos níveis de atividade cerebral, semelhante ao estado do cérebro quando está acordado. Os seres humanos costumam percorrer vários períodos de sono REM entre as outras fases do sono todas as noites.
Para este estudo os investigadores monitorizaram os padrões de sono de 321 participantes com mais de 60 anos de idade. Depois os participantes foram seguidos durante mais de 19 anos para se verificar se desenvolviam demência ou não.
Os investigadores descobriram que as pessoas que desenvolveram demência obtiveram significativamente menos sono REM quando examinadas durante a noite nos anos anteriores, em comparação com as pessoas que não desenvolveram problemas cognitivos.
Os investigadores sublinham que as conclusões deste estudo não provam uma ligação de causa e efeito, por isso não é possível confirmar se a falta de sono REM leve à demência ou se este é apenas um indicador precoce da doença.
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