Terapia da compra. Quando gastar dinheiro tem um efeito idêntico à droga
As compras por impulso estão fortemente associadas a uma maior sensação de prazer e bem-estar. E isso nem sempre é bom.
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Num momento de maior ou menor fraqueza emocional, eis que uma ida ao shopping parece ser a solução ideal. E é, mas apenas a curto prazo.
Um recente estudo publicado na revista científica Psychology and Marketing analisou aquilo que é a terapia da compra e concluiu que o hábito de adquirir bens materiais como recompensa para estados emocionais menos prazerosos (hábito muitas vezes associado ao impulso) tem um efeito idêntico ao uso de drogas.
À BBC, a psicóloga clínica Joanne Corrigan explica que "ao comprar impulsivamente, estamos, na verdade, a tentar controlar as nossas emoções" e como "não gostamos de emoções angustiantes e desconfortáveis, então, fazemos coisas de curta duração para nos sentirmos bem naquele momento", referindo-se às compras, mas também ao uso de drogas, duas situações completamente distintas, mas que partilham de uma causa (emoções) e de uma consequência (bem-estar momentâneo acompanhado do regresso do mal-estar passado o efeito) iguais.
Mas, porque é que compramos por impulso quando estamos tristes? Porque, diz a BBC, sofremos de uma condição chamada 'angústia miope', isto é, um bloqueio mental em que a capacidade de autocontrolo diminui perante estados emocionais indesejados, o que faz com que a tristeza nos leve ao impulso por uma recompensa imediata (que tanto pode ser a compra de roupa, sapatos, como o uso de drogas ou a ingestão de alimentos altamente calóricos).
Jennifer Lenner, professora da Universidade de Harvard, diz que "quando estamos ansiosos, o nosso cérebro liberta adrenalina, cortisol e dopamina, mas a pessoa pode reduzir os níveis dessas substâncias ao ativar a parte do cérebro que liberta endorfina e oxitocina". E qual o resultado disto? A pessoa age de uma forma diferente daquela que aconteceria normalmente.
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