Várias férias curtas ou umas férias longas? Eis o que vale mais a pena
Prefere tirar uma férias grandes por ano ou ir aproveitando os dias de férias ao longo do ano, espalhados por vários meses?
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Lifestyle Psicologia
Com pouco mais de 20 dias por ano que podemos gozar de férias, por vezes surge um dilema: será melhor gozar o máximo de dias possível todos seguidos ou tirar várias férias mais curtas ao longo do ano?
O psicólogo e Prémio Nobel da Economia Daniel Kahneman define no seu livro ‘Pensar rápido, pensar despacio’ que nós humanos temos duas formas de perceber o nosso ‘eu’: a da experiência do que vivemos momento a momento, e a das nossas recordações. O que tem isto que ver com as férias curtas ou longas? Segundo este especialista, ter mais tempo de férias não significa mais e melhores recordações.
Numa TED talk o especialista revela que o ‘eu’ da experiência vive a vida como um contínuo, com momentos que se desenvolvem um atrás do outro. O que acontece com esses instantes? Perdem-se para sempre. A grande maioria não ficará gravada na nossa mente.
Já o ‘eu’ das memórias é uma autêntico ‘contador de histórias’, mas um nada objetivo, pois consegue armazenar na memória umas férias como horríveis, apesar de elas terem sido fantásticas até a um último momento que foi desagradável.
Tal como uma história, para a nossa memória importam mudanças, momentos importantes e finais, sendo que os finais são super importantes.
Como reporta o El Confidencial, de acordo com esta teoria, o importante não é gozarmos mais ou menos dias de férias, mas o relato que se gera nesse tempo. “Do ponto de vista do ‘eu’ da experiência, se tem duas semanas para se divertir e a segunda é tão boa como a primeira, as férias de 15 dias deviam ser duas vezes melhores do que as de uma semana. Mas para ele as magníficas férias de duas semanas são só um pouco melhores em comparação com uma semana excelente. Não se acrescentam novas recordações, a história não muda nesse tempo”, assegura Daniel Kahneman.
A memória é a única forma que temos de conseguir ter uma perspetiva do quão felizes somos no tempo vivido.
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