Olhar para a alimentação como uma fonte de saúde, bem-estar e longevidade é uma tendência cada vez mais global e os portugueses não ficam indiferentes ao impacto (cada vez mias notório) que as escolhas alimentares têm.

Conscientes de que somos (realmente) aquilo que comemos, os portugueses mostram-se mais preocupados com a própria saúde, olhando para a alimentação um 'remédio santo' e quando o objetivo é melhorar a saúde, são as sementes de chia, o gengibre e as bagas de goji os alimentos que mais se destacam. Já quando se pretende aliar os benefícios ao sabor, nada como os mirtilos, o cacau, a hortelã-pimenta e as nozes.

De acordo com um recente estudo da Nielsen, na hora de ir ao supermercado, os portugueses procuram comprar os alimentos que tragam mais benefícios, acabando por destacar "o iogurte (81%), o feijão (71%), a couve-de-folhas (64%), o salmão (64%) e o chá, essencialmente preto, verde e hibisco (55%), como os produtos saudáveis que mais consomem", lê-se num comunicado enviado às redações.

Para Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director na Nielsen, "os consumidores portugueses estão, de facto, muito disponíveis para comprar produtos saudáveis e para pagar mais por eles quando se apercebem do seu real benefício. É importante que também a oferta acompanhe esta tendência, que é uma importante oportunidade a considerar".

Segundo ainda o Consumer Confidence Index da Nielsen, 72% dos consumidores portugueses acreditam que os superalimentos são a aposta mais certeira tanto na prevenção, como no tratamento de algumas patologias médicas, sendo que "quase metade dos inquiridos admitem mesmo que os superalimentos podem substituir algumas prescrições médicas", destaca o comunicado, salientado que 66% dos inquiridos confessa que gostaria obter mais informação sobre este tipo de alimentos (muitas vezes apenas disponíveis em lojas especializadas).

Mas se os portugueses estão conscientes dos benefícios dos alimentos saudáveis, estão também alertados sobre os perigos de alguns dos alimentos mais consumidos até à data, como é o caso do açúcar, um dos alimentos que mais tem preocupado os especialistas na área da nutrição por serem cada vez mais notórias e graves as consequências associadas ao seu consumo. Diz o estudo que os portugueses são seletivos quanto ao açúcar presente nos alimentos, optando sempre pelos que possuem um açúcar mais natural possível.

No que diz respeito às bebidas, o açúcar é o ingrediente que mais pesa na escolha e, por isso, o estudo revela que os portugueses estão dispostos a consumir, "nos próximos 3 meses, mais bebidas saudáveis (como sumos naturais e águas)".

E por falar em ingredientes, saber avaliá-los é meio caminho andado para evitar más escolhas e os portugueses sabem disso. Segundo a Nielsen, para "determinar se um produto é saudável os consumidores portugueses recorrem especialmente aos rótulos com informação nutricional (54%), às mensagens existentes na embalagem (45%), aos profissionais de saúde (43%) e aos websites da área da saúde (40%)".