Os investigadores do Instituto de Tecnologia do Massachusetts acreditam ter identificado "o mecanismo dos circuitos para a consolidação da memória", que é guardada simultaneamente no hipocampo, onde fica temporariamente, e ao mesmo tempo no córtex cerebral, onde passa por um período de maturação durante cerca de duas semanas.
A pesquisa foi feita com ratos de laboratório a quem os cientistas deram pequenos choques elétricos, usando depois estimulação com luz para ativas as células que guardaram a memória desse choque.
Quando os ratos responderam com medo, imobilizando-se, os cientistas conseguiram determinar que área do cérebro respondeu e onde estavam armazenadas as memórias dos choques elétricos.
Além disso, estimularam as memórias dos ratos colocando-os novamente no local onde estavam quando receberam o choque elétrico.
"O córtex pré-frontal já continha informação específica das memórias" do choque elétrico, afirmou o académico Takashi Kitamura, um dos principais autores do estudo.
O investigador afirmou que isso contradiz a teoria tradicional, que diz que as memórias são gradualmente transferidas, uma vez que descobriram que "já lá estão".
Agora, a investigação continua no sentido de saber se as memórias desaparecem completamente do hipocampo ou se ficam lá vestígios, mas para isso é preciso conseguir controlar o que se passa nas células durante mais tempo.
Além disso, querem saber mais sobre a maturação de memórias no córtex, depois de já terem demonstrado que é crucial a comunicação entre o córtex e o hipocampo.