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Dieta inflamatória aumenta risco de cancro da mama nas mulheres
Por dieta inflamatória entende-se a alimentação pobre em frutas, vegetais e legumes e rica em alimentos processados, com altos teores de açúcar, gordura e sal.
© iStock
Lifestyle Carreira
Existem cada vez menos dúvidas de que aquilo que se come durante a adolescência vai ditar a saúde que se tem na idade adulta. No caso das mulheres, as más escolhas alimentares podem dar origem a doenças como o cancro.
Um recente da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, vem contribuir para esta teoria ao revelar que a dieta inflamatória durante a adolescência pode aumentar o risco de cancro da mama na idade adulta e que este mesmo tipo de dieta aos 20, 30 e 40 anos aumenta o risco deste mesmo tipo de cancro no pré-menopausa, conta o LiveScience, que destaca que não foram encontradas evidências sobre o impacto deste tipo de alimentação nas várias fases da vida feminina no pós-menopausa.
Por dieta inflamatória entende-se a alimentação pobre e frutas, vegetais e legumes e rica em alimentos processados, com altos teores de açúcar, gordura e sal. Ou seja, uma dieta inflamatória é uma dieta que se baseia em alimentos que estimulam os marcadores inflamatórios (podendo causar inflamação crónica), como é o caso dos fritos, dos alimentos processados, dos alimentos com alto teor de hidratos de carbono simples e ricos em gorduras saturadas e trans e ainda açúcar refinado.
Para esta investigação, foram analisadas ao longo de 22 anos mais de 45 mil mulheres enfermeiras com idades compreendidas entre os 27 e os 44 anos no início do estudo. As participantes tiveram de responder a cada quatro anos a questões sobre a dieta atual, sendo que entre os 33 e os 52 tiveram de revelar aquilo que comiam com mais frequência na adolescência.
E para que fosse possível determinar em que medida a dieta inflamatória desencadeia o cancro, as mulheres foram separadas em cinco grupos, do mais ao menos exagerado no que diz respeito aos alimentos inflamatórios.
Aquelas que foram incluídas no leque de mulheres que comiam mais alimentos inflamatórios mostraram ser 35% mais propensas a ter cancro da mama na idade adulta e antes da menopausa.
Mas não é apenas aquilo que se come na adolescência que dita a saúde na velhice. A dieta inflamatória durante a idade adulta contribui ainda para o aparecimento do cancro antes da menopausa, sendo o risco na ordem dos 41%.
De acordo com este recente estudo, lê-se no site LiveScience, a dieta inflamatória junta-se, assim, à predisposição genética e ao estilo de vida como um dos principais fatores de cancro.
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