Não suporta o som de unhas a arranhar a ardósia? A ciência diz-lhe porquê

São poucas as pessoas que ficam indiferentes ao som de unhas a arranhar na ardósia, ou ao som de um talher a arranhar no prato. O primeiro é pior e pode mesmo dar origem a uma sensação distinta.

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Daniela Costa Teixeira
01/03/2017 17:22 ‧ 01/03/2017 por Daniela Costa Teixeira

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Estudo

Não é muito comum ver pessoas a arranharem as próprias unhas num quadro de ardósia, mas quanto tal acontece dá-se ‘aquela’ sensação quase inexplicável mas que é comum a muitas pessoas. Umas arrepiam-se, outras tremem e há ainda quem fique um tanto ou quanto ‘paralisado’.

Embora a sensação causada pelas unhas a arranhar um quadro negro (ou por um deslize mais brusco do giz na ardósia ou até mesmo por um talher mais 'malandro' a arranhar o prato) seja comum e idêntica nas pessoas sensíveis a tal ruído, pouco ou nada se sabia sobre o que poderia estar na origem dessa sensação estranha.

Como conta o site New Scientist, uma das primeiras conclusões científicas diz respeito à sensibilidade auditiva, que fica mais intensa na presença deste ruído concreto. E até agora esta era a justificação dada, mas estava longe de ser suficiente para satisfazer a curiosidade cientifica em torno deste fenómeno, que pode mesmo dar origem a uma emoção muito própria e distinta.

Um estudo levado a cabo recentemente por investigadores norte-americanos, espanhóis e alemães recorre ao termo ‘grima’ para falar desta ‘estranha sensação’. Para este trabalho, foram realizadas cinco investigações distintas sobre o ‘grima’, todas elas focadas na sensação causada, na estimulação auditiva e nos marcadores emocionais.

Mas, o que é afinal o ‘grima’? Segundo a investigação, e recorrendo à definição espanhola do termo (e indo também ao encontro da definição dada pelos norte-americanos e alemães), trata-se de uma “sensação não prazerosa” e classificada como pior do que a repulsa. É uma emoção distinta, embora tal afirmação ainda necessite de mais investigação para ser devidamente fundamentada.

De acordo com a New Scientist,o ‘grima’ é “não é uma reação por reflexo, mas sim uma experiência emocional que pode ser influenciada pelo pensamento e que é distinta da repulsa”.

O estudo mostrou ser possível controlar esta emoção distinta quando se sabe que o ruído vai acontecer, mas, mesmo assim, os batimentos cardíacos dos participantes mostram-se alterados quando comparados com outras emoções e sensações, lê-se na publicação.

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