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Inteligência emocional. Do silêncio à compreensão rumo ao sucesso

Aliar a inteligência às emoções é ser capaz de compreender as próprias emoções e as emoções de quem rodeia. Esta é uma das chaves do sucesso pessoal e profissional e o especialista Raul de Orofino conta ao Lifestyle ao Minuto como se dá esta “dança” dentro do cérebro.

Inteligência emocional. Do silêncio à compreensão rumo ao sucesso
Notícias ao Minuto

07:45 - 22/02/17 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Raul de Orofino

Foi no século XIX que surgiu a primeira menção à inteligência emocional. À data, Charles Darwin ousava dizer que a sobrevivência dependia da compreensão das próprias emoções e, por consequência, das emoções de terceiros. Uma ideia que contrariava a exclusiva ligação racional à inteligência, mas que rapidamente captou as atenções dos estudiosos mais curiosos.

A Psicologia abraçou esta ideia e, nos dias que correm, a inteligência emocional é uma das armas mais eficazes da qualidade de vida, seja a nível pessoal ou profissional.

“Não nos educaram na escola a valorizar aquilo que sentimos enquanto falamos ou enquanto estamos calados. Dizem que é besteira”. Quem o diz é Raul de Orofino, especialista brasileiro em inteligência emocional e que tem dedicado parte da sua carreira a mudar o rumo de muitas empresas, incluindo algumas em Portugal, onde se encontra a dar palestras.

Em conversa com o Lifestyle ao Minuto, o ator e palestrante descreve a inteligência emocional como “a inteligência das emoções e isso está relacionado com o hemisfério direito do cérebro, que é o local onde residem as emoções e as intuições”. No mundo dos negócios, diz, a inteligência emocional é “fundamental”, pois quando estamos a falar com alguém não sabemos o que essa pessoa está a pensar, mas “como sentimos estamos pré-despertos para perceber que a maneira como me olha calada é a maneira como também fala comigo”.

Mas para compreender as próprias emoções (e, por consequência, as emoções dos outros) é também importante dar ‘ouvidos’ à intuição. “Quanto mais escutarmos a nossa intuição, mais despertos e práticos estamos no dia a dia e o ato da escuta está relacionado com o corpo todo, é científico. Todas as células têm inteligência, afeto e sensibilidade, então quando se está a conduzir, a inteligência e a sensibilidade estão presentes, quando se aperta a mão de alguém, o afeto, a inteligência e a sensibilidade estão presentes, quando se está a falar, o afeto, a inteligência e sensibilidade estão presentes. Quando estou a trabalhar, a inteligência, o afeto e a sensibilidade estão presentes e se escondo as emoções sou um péssimo trabalhador”, explica.

“Se quiser aceitar a diferença entre as pessoas, é preciso aprender a escutar as pessoas, porque escutar não é só escutar o que falam é o que não falam também”.

A Inteligência Emocional no mundo dos negócios

Raul de Orofino conta no seu currículo com 18 anos de experiência e palestras dadas em empresas como a Coca-Cola, Galp Energia, Caixa Geral de Depósitos, Sanofi ou Pestana Turismo. O objetivo das suas formações não passa apenas por estimular a inteligência emocional dos chefes e dos funcionários, passa também pela compreensão dos sentidos e, sobretudo, pela mudança - que serve de trampolim para o sucesso.

“Para desenvolver essa inteligência emocional, começo a desenvolver por exercícios práticos, a arte do silêncio, para aprender a escutar o seu silêncio e o silêncio do outro. Porquê? Porque quando se fica em silencio, dá-se espaço para a inteligência emocional aparecer, para as intuições apareçam”, conta ao Lifestyle ao Minuto.

Nos seus Workshops de Inteligência Emocional não convencionais para empresas, Orofino aplica exercícios psicofísicos, “exercícios corporais que ativam as células” e que ajudam cada pessoa a “escutar o seu silêncio e o silêncio de outro”, pois só assim ficam capazes de proceder a uma mudança e perder maus hábitos, como aquele tão comum de “achar uma eternidade estar a olhar durante um minuto e meio para alguém”.

Com esses exercícios, esclarece, “as pessoas ficam mais calmas e aprendem a relacionar-se melhor com elas e com outras pessoas. Ficam com calma para escutar o silêncio e quando escutam o silêncio ficam perspicazes para aquilo que a vida está a dizer”.

“No momento da venda, o silêncio é fundamental, porque tenho que perceber como o cliente vai receber o meu produto. Às vezes finjo que escuto o cliente porque tenho a ânsia de vender. A venda má acontece quando não é feita uma relação prévia com o cliente, e prévia é na hora em que está a acontecer”, ou seja, “perceber como está no momento presente e o que posso fazer para ela me querer ouvir. Por isso, eu começo a escutá-la e aprendo a entrar sintoma com a pessoa e se entro em sintonia, aprendo a lidar com o silêncio dela. E na hora da venda ela ouve e posso perceber se está a gostar ou não”.

Mas, para que a inteligência emocional seja treinada e posta em prática, é preciso ainda combater um dos “maiores problemas nas relações de trabalho”: a ansiedade.

“Se a pessoa é ansiosa não tem tempo para se ouvir a si mesma e direcionar melhor e com mais equilíbrio as suas metas”.E pode a inteligência emocional ter efeitos concretos na produtividade? “Totalmente’, atira, salientando que “a pessoa fica mais rápida”, uma vez que “não é por desenvolver a inteligência emocional que deixa de usar a inteligência lógica, o hemisfério esquerdo do cérebro”. “É como uma dança, as coisas estão juntas e aí as pessoas passam a ter uma ferramenta a mais e isso muda até as relações em casa”, conclui.

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