Um tipo de bactéria perigosa, a que se dá o nome CRE, está a afectar os hospitais norte-americanos e a espalhar-se a uma velocidade atípica. Segundo os investigadores, esta 'super bactéria' está a revelar mais resistência aos antibióticos do que as bactérias da mesma família.
Além disso, alertam, a CRE pode estar a espalhar-se mais rapidamente do aquilo que é possível detetar e isso poderá ter consequências mortíferas. Pior ainda, as pessoas podem estar a ser infetadas com a bactéria sem que tenham qualquer tipo de sintoma. De acordo com alguns dados estatísticos, a CRE é já responsável por cerca de 9.300 infeções e 600 mortes por ano nos Estados Unidos.
"Embora até aqui o foco tenha sido no tratamento de pacientes doentes com infeções relacionadas com a CRE, o nosso estudo sugere que a CRE se está a espalhar além dos casos óbvios de doença", disse William Hanage, autor do estudo e professor em Harvard.
"Precisamos de olhar mais atentamente para este tipo de transmissão dentro das nossas comunidades e instalações de saúde se quisermos eliminá-la", acrescentou.
Ainda na semana passada, refira-se, uma mulher de 70 anos morreu no Nevada devido a uma bactéria super resistente que não respondeu a 14 tipos de antibióticos diferentes. A mulher havia partido a perna na Índia, onde contraiu a bactéria.
Um relatório feito em maio passado sugeriu que, a partir de 2050, 10 milhões de pessoas poderão morrer a cada ano vítimas de bactérias resistentes a antibióticos.
